O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) disse na manhã desta quarta-feira que a prefeitura precisa conversar com o consórcio Novo Metropolitano, parceiro privado que opera a parte administrativa do Hospital Metropolitano Hospital Doutor Célio de Castro, na Região do Barreiro, para fazer alguns ajustes nos repasses relacionados ao funcionamento do hospital.
O prefeito conversou com a imprensa após a inauguração de 99 leitos, dobrando a capacidade da unidade de saúde que agora tem 189 leitos abertos dos 451 de sua capacidade total. Outras duas etapas de ampliação acontecem em novembro deste ano e março do ano que vem até que a instituição alcance o funcionamento pleno.
Kalil destacou que atualmente o hospital recebe recursos como se estivesse funcionando 100%, o que foi rebatido pelo consórcio cuja empresa majoritária é a construtora Andrade Gutierrez. "Aqui nós temos problemas e vamos ter que resolver, com a Andrade Gutierrez. Nós vamos sentar e colocar na mesa. Hoje cobram como se o hospital estivesse em pleno funcionamento", disse o prefeito.
O presidente do consórcio Novo Metropolitano, Roberto Ribeiro, disse que pode ter havido um mal-entendido, uma vez que a empresa recebe cerca de R$ 6 milhões mensalmente, o que equivale a 80% do que precisa para operar a unidade de saúde de forma plena, e metade desse valor é usado para pagar a construção e a aquisição dos equipamentos, sendo apenas a outra metade referente aos custos mensais.
“Não estamos recebendo 100% do que precisamos para operar, estamos recebendo 80%. Metade desses 80% é para pagar o investimento que foi feito, entre a construção e a aquisição de equipamentos. Sobram os outros 40% para pagar o custo. É importante lembrar que nós já temos 500 funcionários trabalhando e só vamos precisar de mais 100 quando a capacidade chegar a 100%”, diz o presidente do consórcio, que é responsável pela administração do hospital, fornecendo serviços como segurança, portaria, roupas, equipamentos, entre outros.
Ribeiro disse reconhecer que o prefeito está se esforçando para racionalizar os custos e abrir o maior número de leitos no menor tempo possível, mas garante que a empresa está aberta ao diálogo com a prefeitura dentro do que for possível, destacando que os valores estão previstos no contrato e, no que se refere ao investimento, é uma quantia média, que será quitada em 20 anos.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) informou que "a PBH repassa ao parceiro privado o valor previsto no contrato e mantém negociação com o objetivo de reduzi-lo, visto que montante que é pago onera muito o município".
RB