
Agora, a única chance de Gustavo superar a doença é por meio de um transplante de medula óssea. A mãe do menino, Andréa Amadeu de Holanda, de 42 anos, relata o processo de diagnóstico da doença do garoto. "Tudo começou com uma dor na perna. Por seis meses, a pediatra tratou como se fosse dor do crescimento. Mas, após a suspeita ser levantada, veio o notícia que não esperávamos. Precisamos tirar o Gustavo da escola e começar um tratamento intensivo de quimioterapia", lembrou.
A família precisou ficar reclusa em casa e Andréa deixou o emprego e passou a se dedicar ao filho. "Vivemos em uma bolha. Como o Gustavo ficou com a imunidade muito baixa, não podíamos sair e tudo era preparado de maneira muito especial. Ele me pedia para comer presunto, por exemplo - que é uma coisa que adora -, e era muito difícil, porque não podia", contou a mãe. Em 22 de março, ele fez a última sessão de quimioterapia e a vitória foi comemorada com muita festa, passeios aos shopping e brincadeiras. "Ele pôde voltar à escola, foi ao cinema. Foi uma fase ótima, ficamos muito felizes", disse.
RETORNO Porém, neste mês, os pais receberam a notícia de que a leucemia tinha voltado. Agora, só um transplante poderá salvar o garoto e permitir que ele volte a brincar com os coleguinhas e a comer muito presunto. "Isso só será possível se ele encontrar um doador que tenha uma medula compatível com a dele. As chances são 1 em 100 mil", afirmou a mãe.
Alguns membros da família de Gustavo já fez o teste de compatibilidade. Segundo o Ministério da Saúde, o doador compatível deve ser procurado, em primeiro lugar, entre os membros da família. Entre irmãos, a chance de encontrar um doador é de 25%. Aproximadamente 60% dos pacientes não encontram doador na família e precisam buscar um doador compatível voluntário. Até o momento, nenhum familiar indicou teste positivo.
Quando não há um doador compatível é necessário fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) quando nos do exterior. O Redome é o responsável por toda a busca junto aos registros internacionais de doadores. De acordo com o Ministério da Saúde, o Redome conta hoje com mais de 3 milhões de doadores. Existem mais de 21 milhões de doadores em todo o mundo.
Os familiares de Gustavo decidiram criar a campanha #juntospelogustavo para divulgar a buscar por uma medula compatível. "Gostaríamos de conscientizar sobre a doação. É um ato muito simples, mas que pode salvar muitas vidas. A demanda é muito superior ao número de voluntários", afirma Andreia.
A medula óssea, tecido líquido-gelatinoso localizado no interior dos ossos, é o segundo maior órgão do corpo humano. A medula é responsável pela produção e manutenção de elementos como as hemácias, leucócitos e plaquetas, que constituem o sangue. As hemácias ou glóbulos vermelhos fazem o transporte de gases, em especial do oxigênio, no sangue; os leucócitos ou glóbulos brancos constituem o sistema de defesa, e as plaquetas são fundamentais no processo de coagulação do sangue.
Para fazer o teste é muito fácil. A mãe explica que é só a pessoa ir até o Hemominas com documentos de identidade e CPF. "O exame é feito rapidinho. Leva poucos segundos e não dói. São 5 mililitros de sangue coletados", explica. Caso o teste seja positivo, a pessoa será convidada a doar a medula óssea. "O procedimento é feito de forma bastante segura. Em em poucas semanas, a medula estará totalmente recuperada", afirma.
Além da doação, os pais pedem ajudam financeira, devido aos altos gastos com o garoto. "Eu precisei parar de trabalhar e a única renda da casa (mãe, pai e dois filhos) é a do pai. Precisamos de ajuda. Qualquer valor será muito bem-vindo", afirma a mãe.
Doações financeiras podem ser feitas por meio da conta bancária abaixo:
Banco Caixa Econômica Federal
Agência 0087 - Operação 013
Conta Poupança 43892-4
Gustavo Bresani de Holanda Rimulo
CPF: 152.434.816-37
Para candidatar-se à doação de medula em Belo Horizonte:
Procure o Hemocentro, que fica na Alamada Ezequiel Dias, 321, Bairro Santa Efigência, com documento de identidade e CPF
Dúvidas podem ser esclarecidas por meio do telefone (31) 3768 4500