Segundo a mãe de uma das meninas, a mulher se apresentava com diretora da escola e fazia várias ameaças. “Se você contar para sua mãe, você vai ser expulsa do colégio”, dizia a faxineira. Os pais da outra criança também relataram os abusos. “Ela (vítima) começou a falar que não gostava a escola. Ela falava que ela dava doce para ela, chocolates, para acontecer aquilo”, informou.
Os pais das duas crianças entraram com uma ação na Justiça e também procuraram a Polícia Civil. Um inquérito foi instaurado pela delegada Ana Patrícia Ferreira, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). No documento, os exames de corpo de delito das vítimas deram positivo para os abusos. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público (MPMG).
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que ela foi indiciada por estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-a, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A mulher não foi presa. Se condenada, ela pode pegar de oito a 15 anos de prisão.
A faxineira trabalhava na escola infantil há pelo menos seis anos. O advogado da instituição, Marcelo Mantuano, alegou que o colégio seguiu os protocolos diante da acusação. “Afastamento imediato da funcionária, prestou toda a colaboração para a investigação. A escola tem todo o interesse para que essa conclusão se dê o mais breve possível”, disse.
O inquérito agora aguarda manifestação do Ministério Público. Se a denúncia for oferecida à Justiça, a faxineira irá a julgamento.