Aproximadamente 7 mil processos de abertura, alteração, fechamento de empresas e escrituração de livros estão parados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), segundo Associação dos Servidores (Asjuc) da autarquia. Os serviços estão estagnados em decorrência da greve dos servidores da Jucemg, que estão paralisados desde a última segunda-feira. O ato foi deliberado em uma assembleia geral, feita no dia 21 de agosto. O serviço continua sendo prestado por 30% dos trabalhadores.
De acordo com Alessandra Araújo, presidente da Asjuc, em 12 anos os servidores não receberam reajuste salarial, embora um acordo tenha sido feito em 2015, a última greve dos trabalhadores, garantindo um reajuste de 50% de gratificação. Segundo a presidente, há o risco de que o vale-alimentação também seja cortado.
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Alessandra disse que uma audiência pública será realizada na quarta-feira, às 9h30, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A administração da autarquia publicou nota em 28 de agosto dizendo que "se empenhou para evitar a greve dos servidores", e que o reajuste salarial é "absolutamente inviável diante das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal". "Em respeito à sociedade, a grande destinatária dos serviços de registro público de empresas, todas as ações estão sendo tomadas para assegurar a normalidade dos trabalhos e o respeito aos prazos legais, de forma a mitigar os efeitos dessa paralisação para o cidadão", diz o informe.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie .