A Polícia Civil vai investigar se houve facilitação de funcionários do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) na atuação de quadrilhas suspeitas de adulteração, clonagem, receptação, furto e roubo de veículos e de falsificação de documentos. A hipótese foi levantada pela Polícia Federal (PF), que realizou operação em 15 cidades mineiras e prendeu 31 pessoas. Elas eram integrantes de três organizações criminosas distintas.
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Operação prende 31 pessoas por furto, roubo e adulteração de carros em MinasSeguradora em BH é suspeita de adulterar chassis de carros com perda totalSuspeito com carro adulterado é preso após perseguição em BH; veja vídeoDois homens são presos por adulteração de carros roubados na Grande BH“Nesse núcleo de BH, as pessoas que usavam carros clonados tinham despachantes que adquiriam esses documentos. A partir dessa deflagração, as informações serão repassadas para a Polícia Civil, que atuou ativamente na operação, justamente para identificar os documentos, e se houve facilitação junto ao Detran. A Polícia Civil vai desenvolver isso a partir de agora”, explicou o delegado Daniel Souza Silva, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis.
As investigações começaram em outubro de 2016. De acordo com o delegado, foram identificados furtos e roubos de veículos realizados pelas quadrilhas, adulteração de peças e imóveis onde eram feitos os desmanches dos veículos. Além disso, havia clonagem e venda de veículos clonados com documentos falsos. “Eram três quadrilhas. A gente poderia dizer que uma usava o serviço do outro. Eram clientes. Uma furtava e sabia para quem venderia, onde iria obter documento falso para aquilo.
Foram cumpridos por agentes da PF, juntamento com a Polícia Civil, 70 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão preventiva, 16 de prisão temporária e 31 de condução coercitiva. As ações ocorreram em Divinópolis, São Sebastião do Oeste, Carmo do Cajuru, Nova Serrana, Bom Despacho, Itaguara, Brumadinho, Igarapé, Ibirité, Mário Campos, Sarzedo, Mariana, Betim, Contagem e Belo Horizonte. Um mandado também foi cumprido na cidade de Rio Verde, em Goiás. Todos os presos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal na capital mineira, onde foram ouvidos.
(RG)
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