O patrimônio cultural de Minas sofre um nove golpe – o quarto furto este ano. No fim de semana, foi levada da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Carandaí, na Região Central, a imagem de Nossa Senhora das Dores, esculpida em 1724 e com 60 centímetros de altura. Segundo o coordenador do Conselho Comunitário e Pastoral da Comunidade Matriz, Márcio Moreira, tudo indica que o crime tenha ocorrido no sábado, já que a peça foi vista pela última vez, durante a limpeza, no dia anterior. O objeto sacro ficava num altar na Capela do Santíssimo.
A ocorrência policial foi feita na terça-feira de manhã, já que o furto foi notado na véspera, à noite. “Um grupo de orações, que se reúne todas as segundas, estava passando atrás da capela, quando viu no chão o manto azul-escuro da santa. Foi então que soubemos do roubo”, disse Márcio. Ele ressaltou que se trata de uma imagem de roca, tendo, portanto, apenas a parte superior de madeira.
O coordenador informou que não há sinais evidentes de arrombamento no templo, que não dispõe de sistema de segurança, como câmeras ou alarmes, a não ser grade na frente e tranca nas portas e janelas. “Encontramos apenas um vidro da janela quebrado, cerca de 10 centímetros quadrados.
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Campanha quer arrecadar dinheiro para reforma do Mosteiro de MacaúbasChapada celebra Santana e renova a esperança de ter de volta imagem sacraEm Minas, 730 peças sacras foram levadas de igrejas, capelas e museusPeça sacra histórica furtada há quase 40 anos é recuperada e retorna a capela Sacrário roubado em igreja é encontrado com hóstias intactas no Lago de FurnasO templo, vinculado à Paróquia de Santana e também à Arquidiocese de Mariana, não é tombado pelo patrimônio histórico. Porém, a imagem tem grande importância histórica e espiritual em Carandaí desde 1726, quando foi erigida a Ermida de Nossa Senhora das Dores, em propriedade do capitão Manoel Gonçalves Viana.
FALHAS O número de ocorrências de furtos e arrombamentos caiu em Minas, mas os ladrões não dão trégua, aproveitando falhas na vigilância para levar imagens, sinos, objetos de ornamentação, castiçais e até pedaços de altares.
Este ano, a campanha em Minas para resgate de bens desaparecidos de igrejas, capelas e museus completa 14 anos e está em busca de 730 peças sacras dos acervos históricos, conforme último levantamento da CPPC. O MPMG mantém o blog (patrimoniocultural.blog.br) com um banco de dado atualizado constantemente.
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