Jornal Estado de Minas

Esquema de fraude em bombas de combustível é descoberto em Minas Gerais

Um novo esquema de fraude em bombas de combustíveis foi descoberto em Minas Gerais. Fiscalizações do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (IPEM/MG) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) descobriram o crime, que era realizado em Belo Horizonte e outras seis cidades mineiras. A Polícia Civil montou uma operação nesta sexta-feira que terminou com 17 pessoas encaminhadas para a delegacia. Uma delas foi autuada em flagrante. O valor do prejuízo dos clientes não foi informado.

Os responsáveis pelos postos onde aconteciam a fraude utilizavam a tecnologia sofisticada, o que dificulta a fiscalização. “Os suspeitos estão inserindo um chip novo, que é imperceptível em uma primeira análise, junto à mesma placa eletrônica que funciona como medidor do combustível nas bombas. Assim, por meio de um mecanismo eletrônico, eles conseguem ligar e desligar esse novo chip, dificultando, assim, o trabalho de fiscalização”, explicou o diretor-geral do Ipem/MG, Fernando Sette.

Com o chip instalado, o consumidor acompanhava no painel eletrônico um valor do abastecimento, mas que era de até 10%.
Em Contagem, na Grande BH, por exemplo, em um posto de combustível, no visor aparecia 20 litros, sendo que eram liberados apenas 18 litros na bomba.

As ações foram realizadas em Belo Horizonte, Contagem e Betim, na Grande BH, Juiz de Fora, na Zona da Mata, Três Pontas e Varginha, no Sul de Minas, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, que coordenou os trabalhos da Polícia Civil, foram configurados crimes contra a ordem tributária, a ordem econômica e as relações de consumo. “Esses crimes foram constatados através da fiscalização dos órgãos responsáveis pelas infrações administrativas. A partir daí, confirmando as fraudes e essas formas de ludibriar o consumidor, a Polícia Civil está intervindo para combater isso em âmbito criminal”, disse.

O delegado afirmou que outras ações devem ser realizadas em Minas. “O trabalho de hoje serve de base para compor um inquérito policial, o qual conduziremos até podermos indicar as responsabilidades criminais pelas fraudes”, salientou.
Participaram da operação 66 policiais civis. .