Surpreendidos com a notícia da morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, na boate Hangar 677, no Bairro Olhos D’água, Região do Barreiro, na madrugada de ontem, parentes do jovem foram até a sede da 126ª Companhia da PM, no Bairro Estoril, Oeste de BH, onde a ocorrência foi registrada pela polícia antes do encerramento do caso na delegacia de plantão. Nesse momento, agentes de plantão do Departamento de Homicídios da Polícia Civil já faziam os primeiros levantamentos, buscando indícios que pudessem esclarecer o caso. O pai de Allan, Dênio Luiz Pontelo, de 47, que é técnico em eletrônica, disse que os funcionários da boate inventavam a droga que estaria com seu filho. Na versão deles, o rapaz teria tido uma parada cardíaca ao fugir de uma abordagem da segurança, versão contestada por amigo de Allan.
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Jovem morre dentro de boate em BHFamília de jovem morto em boate pede justiça e cobra resposta de donos da Hangar 677Morte de fisiculturista é 3º caso de violência em boate de BH em 1 ano Página no Facebook pede justiça para fisiculturista morto em boate de BHPai de fisiculturista busca resposta da polícia sobre furto em loja do filhoLoja de fisiculturista morto em boate de BH é arrombada por ladrões Corpo de jovem que morreu em boate de BH será enterrado neste domingo em Sete Lagoas“A droga foi inventada. Não tem nada disso. E, se fosse qualquer coisa ilícita, deveria pegar, conduzir e chamar. Não é fazer justiça com as próprias mãos. Que monstro é esse?”, questiona Dênio Pontelo.
O advogado Ércio Quaresma, que representa a CY Security, responsável por fornecer os seguranças para o evento, disse que estava fora de BH no momento em que foi acionado e confirmou a versão apresentada pela empresa, de que o jovem foi abordado por estar com drogas e correu da abordagem, caindo no chão e morrendo em seguida. Quaresma explicou que houve troca de turno dos seguranças e eles não ficaram no local porque não houve determinação da Polícia Militar, mas a PM informou que quando os primeiros militares chegaram os funcionários já haviam ido embora.
Em nota, a boate reforçou a versão do chefe da segurança: “(Os vigias) foram alertados sobre um jovem suspeito de fazer uso de drogas no banheiro do local. Ao ser abordado, o jovem reagiu e tentou fugir, mas foi conduzido para fora do evento, quando desmaiou. Ele foi imediatamente socorrido e conduzido ao posto médico de plantão, que conta, inclusive, com UTI Móvel. Todos os esforços médicos possíveis foram utilizados no sentido de reanimá-lo”.
LAUDO Já a Polícia Civil informou que o laudo que vai apurar a causa da morte do rapaz será divulgado em torno de 30 dias. Um delegado de plantão ouviu ontem o chefe da segurança e um responsável pela festa. Amanhã, o inquérito será assumido por um dos titulares da Divisão de Homicídios..