
“A droga foi inventada. Não tem nada disso. E, se fosse qualquer coisa ilícita, deveria pegar, conduzir e chamar. Não é fazer justiça com as próprias mãos. Que monstro é esse?”, questiona Dênio Pontelo. Desesperado, o pai cobra que os donos da boate sejam ouvidos e respondam por um suposto assassinato. “Gostaria que a Justiça fosse atrás do dono do evento. Se pudesse até pegar em flagrante. Foi assassinato. Quê isso? É só ver a roupa dele como está. Imagine três homens espancando meu filho até a morte”, diz Pontelo. “Pelo amor de Deus, só peço que realmente a Justiça mostre este monstro para a sociedade. Principalmente o dono da festa, que lucrou dinheiro”, ressalta.
O advogado Ércio Quaresma, que representa a CY Security, responsável por fornecer os seguranças para o evento, disse que estava fora de BH no momento em que foi acionado e confirmou a versão apresentada pela empresa, de que o jovem foi abordado por estar com drogas e correu da abordagem, caindo no chão e morrendo em seguida. Quaresma explicou que houve troca de turno dos seguranças e eles não ficaram no local porque não houve determinação da Polícia Militar, mas a PM informou que quando os primeiros militares chegaram os funcionários já haviam ido embora.
Em nota, a boate reforçou a versão do chefe da segurança: “(Os vigias) foram alertados sobre um jovem suspeito de fazer uso de drogas no banheiro do local. Ao ser abordado, o jovem reagiu e tentou fugir, mas foi conduzido para fora do evento, quando desmaiou. Ele foi imediatamente socorrido e conduzido ao posto médico de plantão, que conta, inclusive, com UTI Móvel. Todos os esforços médicos possíveis foram utilizados no sentido de reanimá-lo”.
LAUDO Já a Polícia Civil informou que o laudo que vai apurar a causa da morte do rapaz será divulgado em torno de 30 dias. Um delegado de plantão ouviu ontem o chefe da segurança e um responsável pela festa. Amanhã, o inquérito será assumido por um dos titulares da Divisão de Homicídios.