O incêndio que atinge o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça segue descontrolado na noite desta segunda-feira. Os militares permanecem de prontidão na estrada que corta a área verde, no sentido Jardim Canadá/Casa Branca, para evitar que as chamas passem para outro lado da rodovia. “As chamas estão próximo ao Condomínio Retiro das Pedras do lado esquerdo. Vamos monitorar para que não passe para o lado direito”, explicou Marcus Vinícius de Freitas, gerente do parque.
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O fogo se concentrou na região conhecida como Catarina, onde há um manancial de mesmo nome, e seguiu em direção ao Condomínio Retiro das Pedras. Um grande aparato foi mobilizado para combater as chamas, que não foram controladas.
Por volta das 16h30 desta segunda-feira, um novo foco surgiu no Morro do Cachimbo. A área estava fora do parque.
Ocorrências aumentam no parque
A causa do incêndio, de grandes proporções, e a área consumida pelo fogo ainda não foram divulgados, mas o total de incêndios no parque nos primeiros oito meses de 2017 já engoliram um território maior do que o destruído em todo acumulado de 2016. De janeiro a dezembro do ano passado, 23,67 hectares foram consumidos pelas chamas. De janeiro a julho deste ano, no último balanço disponibilizado pela direção do Rola-Moça, foram 15,27 hectares. Entretanto, apenas um incêndio em agosto passado destruiu 48 hectares.
Com isso, o total da área devastada em 2017 somava ao menos 63,27 hectares até ontem, quando as labaredas começaram a caminhar pela vegetação. Por volta das 14h, quando uma linha de fogo havia se alastrado em direção à cidade de Mário Campos, os ventos foram calculados em 25 km/h. No domingo, grupos de bombeiros, que contaram com o auxílio de alunos do curso de formação, e brigadistas se dividiram em duas linhas de frente. Uma atuou próxima à estrada asfaltada que corta a área de preservação, nas imediações do Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima. A outra, no entorno do manancial Catarina.