O número de mortes por febre chikungunya em Minas Gerais pode chegar a 23. Balanço da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que já foram confirmados seis óbitos pela doença, que é transmitida pelo aedes Aegypti, neste ano. Outros 17 casos ainda estão sendo investigados. São aguardados resultados de exames para esclarecer quais foram as reais causas que levaram os pacientes a perderem a vida.
O número de casos vem diminuindo desde o início ano, mas mesmo assim é alto. A SES registrou 17.705 notificações de chikungunya. Em janeiro foram 729 e em fevereiro, 3.073. O pico ocorreu em março, quando os registros saltaram para 7.397. Em abril, caíram a 3.653. A queda continuou no mês seguinte, que terminou com 1.267 notificações. Em junho, foram 927, julho, 486, e até essa segunda-feira, foram 128 registros em setembro.
A chikungunya é uma doença viral causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, também transmissores da dengue, da zika e da febre amarela. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e 12 dias. Os principais são febre alta, acima de 39 graus, de início repentino, dor muscular, erupções na pele, conjuntivite e dor nas articulações, que podem se manter por um longo período. A orientação das autoridades de saúde para quem apresentar manifestações compatíveis com a virose é procurar a unidade básica de saúde mais próxima e não usar medicamentos sem indicação médica.
Dengue
Neste ano foram 13 óbitos registrados por dengue. Eles ocorreram em Araguari, Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Bocaiúva, no Norte de Minas; Capim Branco, na Região Central; Arinos, na Região Noroeste; Patos de Minas, no Alto Paranaiba; Leopoldina, na Zona da Mata; Medina, no Jequitinhonha; e Ibirité e Ribeirão das Neves, ambas na Grande BH. Outras 13 mortes ainda estão sendo investigadas. Minas já registrou 25.433 casos prováveis da enfermidade.