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Estado de Minas

Como um bombeiro impediu a explosão de caminhões no incêndio da Ceasa

Segundo uma testemunha, o militar quebrou os vidros dos veículos que estavam estacionados perto das chamas e conseguiu tirar um por um


postado em 08/09/2017 07:51 / atualizado em 08/09/2017 08:01

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Um incêndio destruiu o galpão G1, de 3,5 mil metros quadrados, das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) no início da tarde de ontem, em Contagem, na Grande BH. Ninguém ficou ferido, mas a coluna de fumaça preta que se elevou do complexo de lojas e galpões pôde ser vista de vários pontos da capital mineira, inclusive do Anel Rodoviário e da BR-356, a quase 15 quilômetros de distância. Foi necessário o emprego de 10 viaturas e caminhões-bomba do Corpo de Bombeiros, bem como cerca de 30 homens para o combate às chamas.

De acordo com a CeasaMinas, o local atingido era um depósito de mercadorias variadas, como artigos de plástico, produtos químicos, defensivos agrícolas, pneus e embalagens. As causas do fogo ainda não foram esclarecidas, mas os proprietários dos galpões informaram dispor de seguro contra incêndio. Às margens da BR-040, sentido Brasília, a grande movimentação de bombeiros e a nuvem de fumaça escura fizeram com que muitos curiosos estacionassem seus veículos para companhar o combate ao fogo, que continuaria sendo combatido ao longo da noite, embora não houvesse risco de que as chamas se alastrassem.

O carregador de mercadorias Gleidson Albuquerque, de 24 anos, disse que o fogo começou pouco antes das 13h. “Ali (no local atingido) funcionava uma loja de miudezas. Quando entrei na Ceasa, o fogo ainda não tinha tomado conta dos galpões todos”, conta. Segundo ele, por ser feriado, não tinha praticamente ninguém nas vias entre os galpões, por isso o fogo demorou a ser percebido e combatido. A ação de um bombeiro que trabalha no complexo impediu que o prejuízo fosse maior. “Um bombeiro saiu quebrando os vidros dos caminhões que estavam estacionados perto do local do fogo. Ele entrou nos caminhões e conseguiu tirar um por um de perto do local do fogo. Não fosse isso, teriam pegado fogo também”, afirma. O carregador testemunhou, ainda, a queda dos pilares de sustentação do teto e o colapso de toda a estrutura metálica de uma altura de cerca de 10 metros. “O fogo era muito forte e rápido. De repente tinha tomado tudo, com muita fumaça. Escutei um barulho muito forte e o teto caiu de uma vez”, lembra.

ESFORÇO A grande intensidade das chamas exigiu muito esforço dos bombeiros. Por volta das 14h30, um deles foi correndo até a grade que separa o complexo de abastecimento da rodovia para pedir que as pessoas se afastassem devido às notícias de que havia produtos químicos nocivos à saúde queimando dentro do galpão e que produziam fumaça tóxica, que devia ser evitada. “Há agrotóxicos e defensivos agrícolas estocados no interior do pavilhão atingido e por serem tóxicos demandaram a criação de uma área de segurança para que os cidadãos que observavam o incêndio não acabassem intoxicados”, disse o tenente Jader Júnior Correia, do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pela coordenação do combate ao incêndio.

De acordo com o oficial, um pavilhão foi atingido, mas rapidamente o fogo foi delimitado e confinado. “Quando chegamos, o incêndio já tinha tomado uma grande proporção. Cercamos o perímetro e iniciamos o combate e o resfriamento utilizando água. No centro (do pavilhão) há líquidos inflamáveis e essa parte acabou cedendo. A preocupação foi de tentar preservar veículos e lojas que não foram diretamente atingidos”, disse o tenente Jader. Por causa do fogo, a entrada de veículos foi limitada ao trânsito de pessoas que têm credenciamento para trabalhar na Ceasa.


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