Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente estiveram na manhã desta sexta-feira na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, onde constataram a presença de uma mancha de fuligem no lago e também no Córrego Sarandi, que deságua na lagoa. A mancha é resultado da chegada da água usada no combate ao incêndio nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), em Contagem, na Grande BH. A ocorrência teve início por volta das 12h30 de ontem e destruiu todo o pavilhão G1 do mercado atacadista.
“Foi usada uma quantidade muito grande de água no combate. Uma parte evaporou pela própria ação do fogo e calor das chamas e outra parte escoou pela rede de drenagem, chegando ao Córrego Sarandi e, consequentemente, à Lagoa da Pampulha. Essa água estava contaminada e a lagoa hoje apresenta traços de fuligem e pode ainda ter a presença de agrotóxicos”, explica o analista ambiental da Semad, Newton Oliveira.
Segundo ele, não foi confirmada mortandade de peixes no lago, o que é um indicativo positivo, mas ainda é preciso manter o monitoramento para confirmar ou descartar a contaminação pelo produto tóxico. De acordo com a CeasaMinas, o local atingido era um depósito de mercadorias variadas, como artigos de plástico, produtos químicos, defensivos agrícolas, pneus, frutas, bebidas e embalagens. As causas do fogo ainda não foram esclarecidas, mas os proprietários dos galpões informaram dispor de seguro contra incêndio.
Ninguém ficou ferido na ocorrência, mas a coluna de fumaça preta que se elevou do complexo de lojas e galpões pôde ser vista de vários pontos da capital mineira, inclusive do Anel Rodoviário e da BR-356, a quase 15 quilômetros de distância.
Ontem, foi necessário o emprego de 13 viaturas, incluindo caminhões-bomba do Corpo de Bombeiros e 50 militares. Nesta manhã, o trabalho de combate às chamas na loja de agrtóxicos, única ainda em chamas, é feito por 32 bombeiros, com uso de 10 viaturas. A Defesa Civil também está no local e avalia os riscos no galpão.