Os corpos das três vítimas de acidente no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na última quarta-feira (6), foram enterrados na tarde deste sábado, no cemitério municipal de Ipanema, no Vale do Rio Doce.
O policial civil Dogmar Alves Monteiro, 52 anos, a mulher dele, Kelly Cristina da Silva Monteiro, 46, e o filho de casal, o estudante de medicina Victor Silva Monteiro, de 21 anos, morreram carbonizados. O carro que eles estavam ficou prensado entre uma mureta e um caminhão carregado de minério, que explodiu na colisão.
Marcado para às 14h, o enterro atrasou meia hora, de acordo com o pastor Wanderson Gonçalves Fuly, que celebrou um culto durante o velório, na Igreja Presbiteriana de Ipanema, juntamente com outros dois pastores.
Conforme o religioso, mais de mil pessoas passaram pelo velório e acompanharam o cortejo pelas ruas da cidade até o cemitério. O pastor contou também que Dona Sheila, mãe de Kelly, não conseguiu ficar no velório. “A pressão dela estava muita alta e a levaram embora. O cenário era muito triste e muito chocante, três pessoas de uma mesma família, que morreram de uma forma tão trágica”, disse.
Ipanema era a cidade natal de kelly, que morava em Caratinga, também no Vale do Rio Doce, onde o marido trabalhava. Victor, estudava medicina em Belo Horizonte, no Centro Universitário UniBH.
Tragédia
A tragédia que matou a família ocorreu no fim da tarde de quarta-feira em uma situação recorrente de problemas no Anel Rodoviário. Após percorrer o trecho da descida do Bairro Betânia, na Região Oeste de BH, o caminhão dirigido pelo jovem Luiz Fhillippe da Cunha Gonçalves Pereira, de 24 anos, encontrou o trânsito retido logo após o fim da descida e não parou, destruindo o carro com a família. Com o impacto da batida, os dois veículos se incendiaram e foram completamente consumidos pelas chamas.
A carreta ainda arrastou outros seis carros e mais um caminhão antes de parar. Outras 11 pessoas tiveram ferimentos leves. Luiz Fhillippe foi preso em flagrante pela Polícia Civil pelo crime de homicídio com dolo eventual, quando não há a intenção de matar, mas se assume o risco do resultado. A Justiça decretou a prisão preventiva de Luiz Fhillippe, que vai aguardar as investigações preso. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o motorista disse que, quando pisou no freio, o pedal afundou e não funcionou. Chorando muito durante a entrevista, ele afirmou que pretende largar a profissão.