As chamas que destroem a Serra de Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais, há quatro dias seguem descontroladas. Voo realizado pelo Corpo de Bombeiros no início da tarde deste domingo identificou que ainda há duas linhas grandes de fogo, uma com um quilômetro de extensão e outro com 500 metros, além de focos menores. Mais de 50 homens participam do combate. Incêndio atinge e vegetação e também animais.
O combate ao incêndio começou ainda na quinta-feira. As chamas queimam desde a região conhecida como Morro do Gabriel até a localidade dos Jesuítas. As estimativas dos combatentes projetam que cerca de 70% da serra tenha queimado.
Neste domingo, o combate está sendo realizado com quatro aviões, modelos airtractor, um helicóptero, e aproximadamente 50 pessoas, entre militares do Corpo de Bombeiros, brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e voluntários. O terreno acidentado dificulta o trabalho.
O enfermeiro Hugo Grochoeller Aguiar Lima, de 36 anos, ajudou como voluntário no combate ao incêndio. "Subimos pelo pé da Serra e atuamos lá. Queimou muita vegetação. Percorremos cerca de um quilômetro apagando fogo e fazendo aceiros para salvar o quê pudemos na parte de baixo. Além, da área devastada, muitos animais foram encontrados mortos ou fugindo. "Vi carcará, corujas fugindo. Fiz uma vistoria de rescaldo hoje, na parte do pé da serra e apaguei uns três focos", disse.
O parque
O Parque Estadual Serra do Ouro Branco está localizado entre o município de mesmo nome e Ouro Preto. Ele tem 7.520 de extensão. A área verde tem cobertura vegetal de campos rupestres e matas de galeria, que ocupam as margens dos cursos d'água.