O pai do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, morto na boate Hangar 677 na madrugada de 2 de setembro, espalhou outdoors pela Grande BH para pedir justiça e denunciar o caso do filho. A família acredita que o jovem morreu em decorrência de agressões sofridas dentro da casa de shows.
Dênio Luiz Pontelo diz que serão cinco outdoors. Três eles já foram instalados em diferentes pontos de Contagem e os outros dois vão ser colocados na Região Oeste de Belo Horizonte. Ele recebeu auxílio para adquirir as peças e contratar o serviço. “Recebemos ajuda de amigos, irmãos, primos. Pessoas que a gente achava que estavam sumidas, vieram cada um ajudar de uma forma. São muitas pessoas estendendo a mão para a gente. Tem que rezar muito e agradecer”, explica.
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A dor dos familiares, que acreditam que Allan tenha sido assassinado e cobram justiça, aumentou durante o enterro, no Cemitério Santa Helena, em Sete Lagoas, já que o pai do rapaz disse que o filho apresentava lesões graves, como afundamento de crânio e dentes quebrados, o que, para os parentes, reforça a hipótese de que tenha havido agressões.
Dênio disse que obteve essas informações ao ver o corpo e conversar tanto com um médico do Instituto Médico-Legal (IML) quanto com funcionários da funerária que preparou o corpo para o velório e enterro do filho. O IML negou qualquer repasse de informações desse tipo a familiares, dizendo que o fato não procede, assim como a assessoria de imprensa da Polícia Civil. Um funcionário do laboratório da funerária confirmou as marcas. O caso é investigado pelo delegado Magno Machado, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).