O pai do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, morto na boate Hangar 677 na madrugada de 2 de setembro, prestou depoimento nesta terça-feira no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Na ocasião, o Dênio Luiz Pontelo, 47, detalhou ao delegado a rotina e os hábitos do filho: "O depoimento que eu dei foi exclusivamente sobre o meu filho. Quem ele era, o que ele fazia no dia-a-dia. Expliquei para o delegado que ele é um menino que estuda e trabalha. Também faz trabalho de modelo", contou após prestar o depoimento.
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Entenda o caso
Há duas versões sobre a morte de Allan na boate Hangar: a dos seguranças e a de um amigo da vítima, que estava na boate com o rapaz na madrugada de sua morte. O chefe da segurança da boate alegou que Allan foi abordado sob suspeita de negociar drogas no interior do estabelecimento, correu em fuga, sofreu uma parada cardíaca, foi socorrido, mas não resistiu.
Já um amigo que estava com o jovem afirmou que o fisiculturista foi levado a uma área restrita por seguranças, onde teria sido espancado. Diz ter sido ameaçado pelo grupo e que um deles teria encostado o cabo de um revólver em seu peito, mandando que ele deixasse o local.
A dor dos familiares, que acreditam que Allan tenha sido assassinado e cobram justiça, aumentou durante o enterro, no Cemitério Santa Helena, em Sete Lagoas, já que o pai do rapaz disse que o filho apresentava lesões graves, como afundamento de crânio e dentes quebrados, o que, para os parentes, reforça a hipótese de que tenha havido agressões..