Jornal Estado de Minas

Polícia Federal desmancha quadrilha que aplicava golpes no INSS

A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta quarta-feira, uma quadrilha responsável por aplicar golpes na Previdência Social (INSS). O esquema provocou um prejuízo superior a R$ 2 milhões nos cofres públicos. O grupo atuava em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, e em três cidades da Bahia. Ao todo, oito pessoas foram detidas nesta manhã.

Foram cumpridos oito mandados judiciais de prisão, sendo dois de prisão preventiva e seis de prisão temporária. Uma pessoa foi detida em Betim, uma no Rio de Janeiro, uma em Porto Seguro, duas em Nova Viçosa e três em Teixeira de Freitas. Um advogado, que está entre os presos, é apontado como líder do grupo.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha usava o nome de pessoas falecidas para realizar o cadastro no INSS e receber os benefícios da previdência. "A investigação aponta que o grupo 'recriava' pessoas que haviam falecido na infância.
Depois, com os nomes de adultos fictícios, faziam recolhimentos à Previdência Social, sempre em valores próximos ao teto de contribuição, criando, assim, a condição de segurados", informou a PF. Posteriormente, a quadrilha declarava o falecimento das pessoas cadastradas para requerir os benefícios de pensão por morte perante o INSS.

Com essa operação, a Polícia Federal estima ter evitado um prejuízo futuro de aproximadamente R$ 15,6 milhões. Os investigados responderão por formação de quadrilha e estelionato, crimes com penas que ultrapassam 10 anos de prisão.

A operação, batizada de “Álibi”, contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie

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