A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta quarta-feira, uma quadrilha responsável por aplicar golpes na Previdência Social (INSS). O esquema provocou um prejuízo superior a R$ 2 milhões nos cofres públicos. O grupo atuava em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, e em três cidades da Bahia. Ao todo, oito pessoas foram detidas nesta manhã.
De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha usava o nome de pessoas falecidas para realizar o cadastro no INSS e receber os benefícios da previdência. "A investigação aponta que o grupo 'recriava' pessoas que haviam falecido na infância. Depois, com os nomes de adultos fictícios, faziam recolhimentos à Previdência Social, sempre em valores próximos ao teto de contribuição, criando, assim, a condição de segurados", informou a PF. Posteriormente, a quadrilha declarava o falecimento das pessoas cadastradas para requerir os benefícios de pensão por morte perante o INSS.
Com essa operação, a Polícia Federal estima ter evitado um prejuízo futuro de aproximadamente R$ 15,6 milhões. Os investigados responderão por formação de quadrilha e estelionato, crimes com penas que ultrapassam 10 anos de prisão.
A operação, batizada de “Álibi”, contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie