Nesta quinta-feira, instituições federais ameaçam paralisar suas atividades em protesto contra cortes orçamentários, congelamento de salários e outras alterações que afetam servidores federais e estudantes. A convocação foi feita pelo Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Federais (Fonasefe).
No estado, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Vale do Mucuri e Jequitinhonha (UFVJM), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) prometem série de ações.
DENÚNCIA Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes) denuncia medidas propostas pelo governo. "Vamos denunciar as ameaças de congelamento de salários, cortes de gratificações e incentivos, perda de estabilidade, aumento do PSS, readequação das carreiras e programas de desligamento voluntários, além dos cortes orçamentários que já inviabilizam o funcionamento das instituições", diz o texto.
Segundo a coordenadora do Sindifes Cristina del Papa, "a paralisação é em defesa dos serviços públicos e contra a retirada de direitos". Cristina disse que o sistema federal de ensino dobrou o número de alunos, mas a verba diminui cada vez mais.
"Nosso departamento de pesquisa tinha orçamento de R$ 11 bilhões em 2013. Neste ano, caiu para R$ 5 bilhões e, no próximo, o número diminuirá para R$ 1,3 bilhão", disse a coordenadora. Ainda de acordo com del Papa, o Hospital das Clínicas da UFMG já fechou leitos e sofre com a falta de insumos médicos.
Além dos cortes dentro das instituições e consequente redução de prestação de serviços, Cristina aponta que, a população sofrerá com a diminuição da verba. "Tirar dinheiro de universidades do interior do estado é barrar o desenvolvimento das cidades que as abrigam. O comércio nessas cidades gira porque as instituições de ensino estão lá", disse.
*Sob supervisão do editor Roney Garcia