Policiais civis estão à procura do homem de 41 anos que na noite da quarta-feira raptou sua ex-mulher, uma comerciante de 35, e a manteve em cárcere privado por cerca de 12 horas. A mulher foi abordada por três comparsas dele quando deixava a lanchonete em que trabalha, na Rua dos Timbiras, no Barro Preto, Centro-Sul de Belo Horizonte. Ela foi obrigada a entrar num veículo Renault Logan em que estava seu ex-marido, com quem viveu pouco mais de um ano.
De acordo com informações preliminares de policiais que acompanham o caso, a vítima contou, em depoimento na tarde desta quinta-feira, na 3ª Delegacia Distrital Centro, que depois de levada a um hotel, onde sofreu violência sexual, foi obrigada a rodar durante a madrugada com o ex-companheiro, que somente pela manhã a deixou na casa de uma amiga dela numa cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Desde as primeiras horas da manhã agentes da 3ª Delegacia Distrital Centro investigavam o caso, depois de constatado por imagens de câmeras de segurança de prédios vizinhos à lanchonete a abordagem da comerciante pelos três homens. O carro usado no rapto, um Logan prata alugado por um motorista parceiro de aplicativo, foi localizado pela manhã num posto de combustível em Confins, na Grande BH.
Porém, fontes policiais confirmaram que a mulher, apesar de bastante abalada, contou em detalhes como foi raptada e levada para um hotel na Avenida Pedro II, onde foi obrigada a manter relações sexuais com ex-companheiro. Os três homens, que a abordaram quando deixava o trabalho, seguiram no Logan até o hotel, onde ela ficou sozinha com o ex-companheiro.
Ainda, conforme contou em depoimento, a comerciante disse que permaneceu por um período no hotel com o ex-marido. Depois, foi obrigada acompanhá-lo no carro dele para local ignorado. Segundo disse, acredita que ele seguiu por uma rodovia em direção a Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, antes de retornar e deixá-la na casa de uma amiga.
Os policiais tentavam, até o começo da noite desta sexta-feira, localizar o ex-marido da comerciante e os três homens que o ajudaram no rapto. Na casa dele, os agentes encontraram impressos de receituário médico entre outros papéis, que seriam usados em falsificações de documentos. O suspeito tem passagens pela polícia, incluindo, por crime de estelionato.