A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, obteve liminar judicial que proíbe a Copasa de aumentar a tarifa de água para os consumidores da cidade sem ouvir o município. A liminar foi concedida pelo juiz da Segunda Vara da Fazenda Pública da cidade, Francisco Lacerda de Figueiredo, em ação civil pública ajuizada pela prefeitura, que solicita que a companhia de saneamento venha pagar uma indenização de R$ 50 milhões por "danos coletivos", tendo em vista os transtornos causados à população local, que enfrenta o racionamento de água. O mérito da ação ainda será julgado.
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Volume de barragem do Rio Juramento cai a 20% e seca castiga Montes ClarosTremor em Montes Claros vira #terremoc no Twitter e entra nos assuntos mais comentadosMontes Claros registra novo tremor de terraPrefeitura 'desapropria' fontes privadas de água no Norte de Minas Prefeitura de Bom Despacho decreta intervenção na CopasaCarro capota e destrói muro de imóvel no Palmares, em BHNa ação protocolada na Justiça, a prefeitura também solicita a liminar para a suspensão no município de reajuste de 10,82% nas contas de água. Segundo o procurador do município, Otávio Rocha, o aumento foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG), com a previsão de ser incluído nas contas de água de outubro. Rocha disse que, com a concessão da liminar, o juiz da Segunda Vara da Fazenda "cancelou" o aumento tarifário, sendo cabe recurso contra a decisão.
Procurada, a Copasa alegou que não foi citada da decisão. Por outro lado, fonte da empresa informou que a liminar não altera em nada a tarifa dos consumidores de Montes Claros porque a Arsae-MG autorizou o reajuste 10,84% da conta de água somente em área de abrangência da Copanor, subsidiária da Copasa que atende a pequenos municípios do Vale do Jequitinhonha e do Norte do estado, sem ter nenhum vínculo com Montes Claros.
A Copasa enfrenta outra batalha judicial no Norte de Minas. Como o volume da barragem do Rio Juramento está muito baixo, para evitar o colapso no abastecimento em Montes Claros, a empresa iniciou a construção de uma adutora de 56 quilômetros para captação de água no Rio Pacuí, no município de Coração de Jesus, obra orçada em R$ 135 milhões. No entanto, é enfrentada a resistência de moradores ribeirinhos. Acatando pedido do Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPMG), a juíza da Comarca de Coração de Jesus Luciana Oliveira Torres concedeu uma liminar favorável aos ribeirinhos, suspendendo a captação até o julgamento do mérito da ação. A Copasa informou que vai recorrer contra a liminar da juíza da primeira instância..