Um homem de 54 anos morreu depois que o filho dele, de 17 anos, tentou improvisar uma traqueostomia nele durante uma grave crise de asma. O caso é investigado pela Polícia Civil de Itajubá, no Sul de Minas Gerais. Especialista ouvido pelo em.com.br diz que o procedimento não pode ser realizado por leigos.
A família mora no Bairro Nossa Senhora de Fátima. O adolescente contou à Polícia Militar (PM) que o pai sofria de asma e crise respiratória, mas não fazia tratamento. Por volta das 6h40, o homem começou a passar mal e realizou inalação, mas o remédio não fez efeito e ele caiu desmaiado.
O adolescente tentou reanimar o pai com massagem cardíaca e tentando aplicar a bombinha. Como nada surtiu efeito, ele tentou fazer a traqueostomia caseira. O jovem usou ferramentas, como uma chave de fenda, e até uma caneta para fazer o buraco na garganta do pai para que ele voltasse a respirar, mas não deu certo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte do homem. A equipe médica acionou a PM.
Depois disso, o jovem precisou receber atendimento médico em um hospital da cidade, onde foi acompanhado de uma mulher da família dele e um representante do Conselho Tutelar. De lá, ele foi encaminhado à delegacia.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Mário Martins informou que o adolescente reafirmou ter dado o medicamento ao pai, realizado massagem cardíaca e ter tentado a traquestomia depois disso. Ele foi ouvido e liberado. Ainda segundo a polícia, a princípio, o delegado Martins está tratando o caso como estado de necessidade de terceiros, porque o rapaz agiu para salvar a vida do pai. As investigações continuam.
“O caso da asma respiratória é por conta de um problema obstrutivo, mas não se trata de obstrução mecânica. Nesse caso, a melhor opção é dar uma condição melhor para a vítima respirar, com um posicionamento mais confortável, e acionar o serviço de emergência. Nunca tentar um procedimento como aquele”, explica o coordenador do Samu de Belo Horizonte, Alex Sander Sena Peres, ao em.com.br. “(Traqueostomia) é um procedimento de exceção e reservado exclusivamente para pessoas com experiência em fazê-lo. Até os mais experientes têm dificuldade. É um procedimento com potencial de complicação”, enfatiza o médico.
Peres afirma que é essencial sempre chamar o Samu, pelo número 192, nesse tipo de caso. Assim, um médico poderá orientar a pessoa até a chegada da equipe médica. “Existem procedimentos que legalmente só médicos ou profissionais da saúde podem fazer”, diz o coordenador do Samu de BH. “A prevenção da asma é a melhor opção porque é uma doença evitável com uso de medicações”, finaliza.
A família mora no Bairro Nossa Senhora de Fátima. O adolescente contou à Polícia Militar (PM) que o pai sofria de asma e crise respiratória, mas não fazia tratamento. Por volta das 6h40, o homem começou a passar mal e realizou inalação, mas o remédio não fez efeito e ele caiu desmaiado.
O adolescente tentou reanimar o pai com massagem cardíaca e tentando aplicar a bombinha. Como nada surtiu efeito, ele tentou fazer a traqueostomia caseira. O jovem usou ferramentas, como uma chave de fenda, e até uma caneta para fazer o buraco na garganta do pai para que ele voltasse a respirar, mas não deu certo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte do homem. A equipe médica acionou a PM.
Depois disso, o jovem precisou receber atendimento médico em um hospital da cidade, onde foi acompanhado de uma mulher da família dele e um representante do Conselho Tutelar. De lá, ele foi encaminhado à delegacia.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Mário Martins informou que o adolescente reafirmou ter dado o medicamento ao pai, realizado massagem cardíaca e ter tentado a traquestomia depois disso. Ele foi ouvido e liberado. Ainda segundo a polícia, a princípio, o delegado Martins está tratando o caso como estado de necessidade de terceiros, porque o rapaz agiu para salvar a vida do pai. As investigações continuam.
Médico do Samu desaconselha traqueostomia
“O caso da asma respiratória é por conta de um problema obstrutivo, mas não se trata de obstrução mecânica. Nesse caso, a melhor opção é dar uma condição melhor para a vítima respirar, com um posicionamento mais confortável, e acionar o serviço de emergência. Nunca tentar um procedimento como aquele”, explica o coordenador do Samu de Belo Horizonte, Alex Sander Sena Peres, ao em.com.br. “(Traqueostomia) é um procedimento de exceção e reservado exclusivamente para pessoas com experiência em fazê-lo. Até os mais experientes têm dificuldade. É um procedimento com potencial de complicação”, enfatiza o médico.
Peres afirma que é essencial sempre chamar o Samu, pelo número 192, nesse tipo de caso. Assim, um médico poderá orientar a pessoa até a chegada da equipe médica. “Existem procedimentos que legalmente só médicos ou profissionais da saúde podem fazer”, diz o coordenador do Samu de BH. “A prevenção da asma é a melhor opção porque é uma doença evitável com uso de medicações”, finaliza.