Jornal Estado de Minas

Prisão de ladrão de casas que atuava na Zona Sul de BH acende alerta de moradores


A prisão de um homem suspeito de ser o responsável por diversos roubos a casas e apartamentos em áreas nobres de Belo Horizonte acende o alerta para os cuidados dos moradores ao chegar nos imóveis. Segundo as investigações, Ricardo Alexandre Ferreira da Silva, de 43 anos, aproveitava o momento em que carros entravam na garagem para render as vítimas. Depois, fazia os familiares dessas pessoas de reféns e levava produtos de valor. Assaltos já foram identificados nos bairros Lourdes, Gutierrez, Anchieta e Savassi.

O homem começou a ser monitorado pela Polícia Civil em abril. A estratégia era sempre a mesma. Ele aproveitava da distração das vítimas ao sair ou entrar nas residências e prédios. “Ele escolhia aleatoriamente e pegava as vítimas de surpresa.
Geralmente os assaltos eram em prédios sem porteiro. Depois de render a pessoa, primeiro pegava os pertences que estavam junto ao carro. Já mostrando a arma de fogo, determinava subida da vítima até a residência. Lá, fazia todo resto da família refém e levava os pertences possíveis, como joias, notebooks, dinheiro, celulares, entre outros”, explicou a delegada Danielle Altaf, responsável pelo caso.

Para carregar os materiais roubados, ainda segundo a polícia, Ricardo utilizava uma mochila. “Os pertences não eram grandes. Por isso, ele saía  do jeito que entrava, tranquilamente”, comenta a delegada. As vítimas contaram, em depoimento, que dentro da casa o ladrão fazia os reféns andarem juntos no imóvel.
Não há relatos, segundo as investigações, de agressões contra os moradores.

O mandado de prisão contra Ricardo foi cumprido dentro da cadeia, pois ele já tinha sido detido em flagrante por roubo a pedestre. “Vai continuar preso pela preventiva e pelo flagrante. Determinamos mais dois mandados de prisão preventiva. Então, acredito que ele vá ficar preso por um bom tempo”, diz Danielle.

Segundo a delegada, em depoimento, Ricardo afirmou que os roubos eram comuns em seu dia a dia. “Ele fala que vive disso e que escolhe aleatoriamente as vítimas. Não tem emprego. Já responde por crimes há 10 anos, tem uma longa ficha criminal. Desde abril, passamos a monitorá-lo”, completou.

A delegada faz um alerta para evitar este tipo de assalto.
“Todo cuidado é necessário. Tem que ter atenção para entrar nos prédios e casas. No momento que vir uma pessoa suspeita, a pessoa tem que aguardar o movimento propício ou a presença de pessoas próximas para entrar nos imóveis”. .