Operação da Polícia Federal que investiga um esquema de venda de anabolizantes terminou na prisão de duas pessoas nesta quarta-feira em cidades da Região do Rio Doce, em Minas Gerais. Os alvos são proprietários de lojas de suplementos alimentares, que aproveitavam academias de ginásticas para vender os produtos. Foram apreendidas nas lojas diversas ampolas de hormônios, que só podem ser vendidos sob prescrição médica e em drogarias e farmácias.
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PF faz operação para combater comércio de anabolizantes no interior de MinasDrogas, arma e anabolizantes são apreendidos em operação em sete municípios de MinasPolícia prende idoso e descobre laboratório de anabolizantes na PampulhaOperação da Polícia Civil desarticula quadrilha especializada em venda de anabolizantesOperação policial em Nanuque tira criminosos de circulação no Vale do MucuriDiante dos indícios e das provas colhidas no inquérito, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, sendo seis em Governador Valadares e três em Ipatinga. “Conseguimos prender duas pessoas em flagrante por termos encontrado produtos que não poderiam ser vendidos nas lojas. Também foi feito um auto de infração pela Vigilância Sanitária”, explicou o delegado Jesse Jamis Rodrigues Freire, responsável pelo caso.
Segundo ele, trata-se de hormônios sintéticos. “Esse produto só pode ser vendido sob prescrição médica e em farmácias. Os presos eram sócios-proprietários de lojas de vendas de suplemento”, completou. Nos estabelecimentos, também foram encontrados inibidores do sono que, de acordo com o delegado, têm a venda proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As investigações apontaram que o grupo frequentava academias de ginástica para vender os produtos. “Como frequentavam esses ambientes, aproveitavam a situação. Mas não há indício que as academias faziam parte do esquema”, comentou o delegado.
Os investigados devem responder pelo crime de falsificação, adulteração ou alterarão de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Se condenados, podem pegar até 15 anos de prisão..