O pai que raptou o próprio filho na tarde dessa quarta-feira em uma creche do Bairro São Tomaz, Região Norte de Belo Horizonte, enviou uma foto com o filho para a mãe da criança por meio de uma rede social. Nesta manhã, o homem também ligou para a creche, pediu desculpas aos funcionários e informou que não há impedimento judicial para que ele veja o filho.
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A coordenadora administrativa da creche em que a criança estava quando foir etirada pelo pai conversou com a reportagem do em.com.br e disse que na manhã desta quinta-feira recebeu uma ligação do pai do menino.
"Ele ligou e pediu desculpas pelas agressões às funcionárias. Disse que se julga no direito de ficar com o filho porque o ama demais, e ainda não tem nenhum impedimento da justiça que não permita ele ficar com a criança".
Segundo a coordenadora, a mãe tinha ciencia que o pai da criança estava em BH e de que poderia fazer algo em relação ao menino. "Ela sabia que o pai estava em BH e tinha uma suposta previsão de poderia ocorrer algo. O erro foi não avisar para a corrdenação da escola," destacou.
Criança retirada à força
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Segundo a corporação, a mãe da criança e os funcionários da creche já foram ouvidos. Viaturas fazem buscas pela criança, mas ainda não há nenhuma suspeito do paradeiro.
A criança foi tirada à força da creche. Funcionários que estavam no local tentaram impedi-lo, mas acabaram sendo agredidos. A mãe foi localizada por policiais militares e disse que ele mora no Espírito Santo.
Uma funcionária da creche, que pediu anonimato, contou que o homem fingiu que iria matricular uma criança na escola para ter acesso à área interna da instituição. “A funcionária, então, o levou para sala da secretaria, onde começou a colher os dados pessoais”, explicou.
Porém, o homem alegou que faltava um documento. “Ele, então, caminhou até a porta dizendo que ia até o carro. A funcionária abriu o portão e ele voltou correndo. Coincidentemente, o menino estava no pátio na aula de educação física. Foi aí que o homem pegou a criança à força”, detalhou a testemunha.
Os funcionários não conseguiram deter o pai em fuga. “A professora que estava na quadra tentou tirar a criança do colo dele porque ninguém o tinha visto aqui anteriormente. Mas acabou levando um soco e caiu no chão. Outra professora acabou agredida e machucou um dedo. O homem correu até o carro onde outra pessoa o esperava”, completou.
Ao saber do caso, a diretora da instituição de ensino foi até o local de trabalho da mãe da criança e a levou até o 13º Batalhão da Polícia Militar. Lá, segundo a funcionária, a mulher mostrou a foto do ex-companheiro e ele foi reconhecido por testemunhas.
Em contato com os policiais militares, a mãe relatou que há cerca de um ano se separou do ex-companheiro por sofrer diversas agressões. Contou, ainda, que após a separação o homem entregou o filho para morar com ela. Disse que tem uma medida protetiva contra ele e que, nesta quarta-feira, segundo a mulher, o ex foi até o seu local de trabalho, mas ela que conseguiu fugir com medo de ser agredida.