Insatisfeitos com uma tarifa promocional lançada pela empresa Uber, motoristas parceiros do aplicativo fazem um protesto nesta quinta-feira por ruas e avenidas de Belo Horizonte. Um grupo de aproximadamente 100 pessoas, segundo os organizadores do ato, saiu em carreata pela cidade. Os condutores pedem o fim do novo valor cobrado pelo sistema de transporte privado.
O protesto começou no início da tarde. Os motoristas se encontraram na Praça do Papa, um dos cartões-postais da cidade, na Região Centro-Sul, e saíram em carreata pela a Avenida Afonso Pena, Rua da Bahia e depois foram para a Avenida João Pinheiro, onde pararam em frente a um escritório da empresa. No trajeto, buzinaram. O trânsito ficou lento.
Os condutores querem o fim da tarifa promocional que entrou em vigor na segunda-feira na região metropolitana. “Estamos protestando por causa das novas tarifas. Com ela em vigor, fazemos a corrida e no final ficamos com apenas R$ 4 ou R$ 5. Isso não dá para manter o veículo”, reclamou Charles Frank, parceiro do aplicativo.
Segundo a Uber, o objetivo da promoção é ampliar a plataforma para outras regiões. “Hoje, em Belo Horizonte, milhares de pessoas transitam diariamente entre a Região Centro-Sul e bairros mais afastados. O fluxo de pessoas também é intenso entre a capital e algumas cidades da região metropolitana. Para ampliar o acesso da população dessas regiões à plataforma da Uber e oferecer uma opção de mobilidade com preço acessível, estamos lançando hoje um projeto de integração metropolitana”, afirmou.
Com isso, as viagens feitas na categoria uberX passaram a custar 15% menos nessas regiões em comparação com o Centro. O preço está valendo para as regiões do Barreiro, Venda Nova, e Norte, além de Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Sete Lagoas (exceto Aeroporto de Confins), Ibirité, Lagoa Santa, Centro de Nova Lima e Sabará.
De acordo com Charles Frank, a empresa recebeu dois representantes dos motoristas nesta tarde. “Duas pessoas chegaram no prédio e estão conversando com o pessoal da Uber, mas ainda não tem nenhum definição”, disse. O em.com.br entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa e ainda aguarda um posicionamento.