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Estado de Minas

Vereadoras acreditam em incêndio criminoso na Casa da Árvore

Grupo de apoiadores fará um abraço coletivo nos escombros que restaram da construção na tarde desta segunda-feira. Local foi construído por moradores de rua, que receberam ordem de despejo


postado em 25/09/2017 11:58 / atualizado em 25/09/2017 18:52

(foto: Heitor Peixoto/ Divulgação )
(foto: Heitor Peixoto/ Divulgação )

O incêndio que destruiu a Casa da Árvore na noite desse domingo, na Avenida Barão Homem de Melo, Oeste de BH, é tratado como criminoso pelo gabinete das vereadoras Áurea Carolina (Psol) e Cida Falabella (Psol). Na tarde desta segunda-feira, está previsto para as 17h um abraço coletivo em torno dos escombros que restaram da casa. 

De acordo com a assessora parlamentar do gabinete, Bella Gonçalves, as vereadoras vão lutar pelo prosseguimento das investigações para o esclarecimento das causas do incêndio. “Não havia fogão, nem lamparinas e a casa estava vazia no momento do incêndio. Todos os indícios nos levam a uma forte suspeita de um incêndio provocado, então nós vamos pressionar para que as investigações transcorram", disse.

Às 17h, um abraço coletivo está sendo organizado por apoiadores da Casa da Árvore nos escombros que restaram da construção. 

O Brigadas Populares, entidade que defende causas sociais, também acredita em um incêndio criminoso. Em nota divulgada pelo Facebook, os militantes se mostraram assustados com o incêndio que destruiu a casa e, também, pediram uma “investigação séria sobre os fatos”. 

A reportagem do em.com.br entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que peritos estiveram no local nesta manhã. Imagens de câmeras de segurança podem ter flagrado a ação e poderão ser utilizadas durante o levantamento de informações. Testemunhas do incêndio também devem prestar depoimento em breve, segundo a Polícia Civil. 

O incêndio 

O Corpo de Bombeiros foi acionado na noite desse domingo para apagar o incêndio na Casa da Árvore, construída por quatro moradores de rua. As causas do incêndio não foram informadas e a perícia da Polícia Civil compareceu ao local. Nesta manhã, quem passou pelo cruzamento das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, onde a casa estava erguida, pôde ver diversos livros queimados espalhados pelo passeio. 
Em meio aos escombros, estavam diversos livros que foram queimados durante o incêndio (foto: Heitor Peixoto/ Divulgação )
Em meio aos escombros, estavam diversos livros que foram queimados durante o incêndio (foto: Heitor Peixoto/ Divulgação )


No dia 13, os moradores que moravam na Casa da Árvore receberam uma ordem de despejo da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O prazo era de dois dias para desocuparem e demolirem a construção. A decisão foi alvo de polêmica nas redes sociais. Em sua página no Facebook, a vereadora Áurea Carolina (Psol) defendeu a manutenção da casa.

"A partir da leitura esmiuçada do Código de Posturas de Belo Horizonte e da audiência pública sobre despejos administrativos há o entendimento de que quando o local se configura em moradia, como é a Casa na Árvore, não se pode fazer um despejo sem ordem judicial", afirmou a vereadora.
*Estagiário sob supervisão do editor Roney Garcia


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