A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, falou sobre os suspostos casos de brancos ingressando no ensino superior por meio do sistema de cotas raciais, que beneficia apenas negros, pardos e indígenas. Luislinda afirma que é importante que existam bancas para verificar os processos. As denúncias relativas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) surgiram a partir de movimentos negros que contestam a entrada de alguns alunos.
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Regulação de cotas raciais é desafio para o ensino superiorMinistério Público Federal investiga suspeita de fraude em cotas raciais na UFMG'Me autodeclarei parda, pois é o que sou', diz estudante citada na polêmica das cotas na UFMGDA de medicina da UFMG cobra investigação de fraude nas cotas para negrosBrancos ingressam no curso de medicina da UFMG em cota para negrosComo as universidades federais mineiras vão perder R$ 240 milhões com cortes do MECUFMG adota regra mais rígida para ingresso por cotas raciais e abre espaço para deficientesVaga de suspeito de fraude na UFMG não será usada para efeito de cota racialEstudante envolvido em polêmica de cotas raciais cancela matrícula na UFMGUFMG é criticada por não fazer triagem de candidatos às cotas raciaisDireitos Humanos quer cancelamento de matrícula de aluno suspeito de fraudar cotas na UFMG“Precisamos denunciar, investigar e punir os infratores que desviam a finalidade das ações afirmativas. Cada um tem que fazer a sua parte”, afirmou a ministra Luislinda Valois, por meio de nota.
“A ministra ressalta, ainda, que as ações afirmativas são políticas públicas implementadas com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, oferecendo, assim, igualdade de oportunidades a todos”, finaliza a nota.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou ontem procedimento para apurar denúncias de suposto uso fraudulento de cotas raciais para ingresso no curso de medicina da UFMG por estudantes que não teriam direito ao benefício. Além da ação da procuradoria, está em andamento sindicância aberta pela própria instituição de ensino.
A regulação das cotas raciais ainda é um desafio no ensino superior brasileiro. Mecanismos para tentar barrar fraudes no acesso ao ensino superior regulado pelo perfil étnico, baseados no tipo físico ou em exame de DNA não têm consenso entre estudiosos.
A estudante do primeiro período de medicina da UFMG, Rhuanna Laurent Silva Ribeiro, falou ao Estado de Minas sobre a polêmica na qual está envolvida, sendo uma das alunas citadas por suspeita de burlar a política de cotas.