O secretário especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, Juvenal Araújo, disse, na tarde desta terça-feira, que deve pedir à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o cancelamento da matrícula de um estudante supostamente envolvido na fraude ao sistema de cotas raciais no acesso ao curso de medicina, que é aluno do primeiro período da graduação.
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Ministra defende bancas para evitar fraudes nas cotas raciais nas universidades'Me autodeclarei parda, pois é o que sou', diz estudante citada na polêmica das cotas na UFMGMinistério Público Federal investiga suspeita de fraude em cotas raciais na UFMGRegulação de cotas raciais é desafio para o ensino superiorÁudios mostram cobrança de até R$ 600 por lugar em fila para matrícula no Distrito Federal UFMG adota regra mais rígida para ingresso por cotas raciais e abre espaço para deficientesVaga de suspeito de fraude na UFMG não será usada para efeito de cota racialEstudante envolvido em polêmica de cotas raciais cancela matrícula na UFMGUFMG é criticada por não fazer triagem de candidatos às cotas raciaisA ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, também se manifestou sobre supostos casos de brancos ingressando no ensino superior por meio do sistema de cotas raciais, que beneficia apenas negros, pardos e indígenas. Luislinda afirma que é importante que existam bancas para verificar os processos. As denúncias relativas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) surgiram a partir de movimentos negros que contestam a entrada de alguns alunos.
O assunto foi mostrado pelo Estado de Minas em abril do ano passado e voltou ao debate neste fim de semana, com reportagem do jornal Folha de S.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou na segunda-feira procedimento para apurardenúncias de suposto uso fraudulento de cotas raciais para ingresso no curso de medicina da UFMG por estudantes que não teriam direito ao benefício. Além da ação da procuradoria, está em andamento sindicância aberta pela própria instituição de ensino após reportagem do Estado de Minas publicada em 2016.
A regulação das cotas raciais ainda é um desafio no ensino superior brasileiro.
A estudante do primeiro período de medicina da UFMG, Rhuanna Laurent Silva Ribeiro, falou ao Estado de Minas sobre a polêmica na qual se viu envolvida, após ser umas das alunas citadas por suspeita de burlar a política de cotas. “Eu me autodeclarei parda, pois é o que sou. Descendo de negros e índios. Esta é a minha etnia, o meu contexto familiar. Nunca me autodeclarei negra”, disse a jovem. (Com informações de Junia Oliveira e Larissa Ricci) .