A Prefeitura de Belo Horizonte informou nesta quarta-feira que vai reconstruir a chamada Casa da Árvore, espaço construído por pessoas em situação de rua no cruzamento entre a Avenida Barão Homem de Melo e a Avenida Silva Lobo, no Bairro Nova Suíça, Região Oeste da capital. A estrutura, que foi destruída por um incêndio no último domingo, será reeguida pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com os moradores.
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Vereadoras acreditam em incêndio criminoso na Casa da ÁrvoreIncêndio atinge casa que abriga moradores de rua em BHBombeiros continuam combate a incêndio na Serra da MoedaNesta quinta-feira, uma nova reunião será realizada na Regional Oeste com a presença de arquitetos da prefeitura. "Amanhã, os idealizadores da casa poderão conversar com os arquitetos para definir o desenho do espaço", explicou a assessora.
Em nota, a prefeitura afirmou que a expectativa é garantir, de forma criativa, coletiva e responsável, uma destinação para essa área pública. “É possível agregar a experiência já vivida no local com a adequada utilização do espaço público, em conformidade com o ordenamento urbano”, comentou o vice-prefeito Paulo Lamac.
Na reunião foram apresentadas ainda políticas públicas para inserção dos moradores da casa em programas sociais de moradia e trabalho. O encontro teve a presença de integrantes do Conselho de Direitos Humanos, da Defensoria Pública e da Pastoral de Rua, da Secretaria Municipal de Políticas Sociais, Maíra Colares, da Secretária de Serviços Urbanos, Maria Caldas, e do diretor de Relações Institucionais da Secretaria Municipal de Cultura, Marcelo Bones.
INCÊNDIO A Casa da Árvore foi construída há quase dois anos, por moradores em situação de rua, debaixo de uma mangueira. Por isso ganhou o apelido. O espaço contava com uma biblioteca comunitária, que, um dia antes do incêndio, tinha acervo de 3 mil livros.
De acordo com a prefeitura, foi consenso entre os participantes do encontro que continuam sendo necessárias medidas para garantir alternativas de trabalho, acesso à saúde e moradia às pessoas que viviam no local. Em nota, a assessoria afirmou que há a preocupação dos moradores e comerciantes da região de que a área pública seja ocupada de forma irregular e também que as árvores sejam suprimidas.
* Estagiários sob supervisão da subeditora Ellen Cristie
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