Jornal Estado de Minas

Kalil anuncia funcionamento pleno do Hospital do Barreiro e R$ 120 mi para obras

A Prefeitura de Belo Horizonte antecipou de março de 2018 para até 12 de dezembro próximo, quando a capital completará 120 anos, o funcionamento total do Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, mais conhecido como Hospital do Barreiro. A notícia foi divulgada ontem pelo prefeito Alexandre Kalil, que anunciou ainda a garantia de empréstimo de R$ 120 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para obras na cidade, como pavimentação de vias e intervenções em saneamento básico.

O Hospital do Barreiro funciona hoje com 190 leitos (80 para clínica médica, 30 para CTI, 40 para procedimentos cirúrgicos, 15 para AVC, 10 para unidade de decisão clínica e 15 para o chamado leito do hospital). A meta é elevar o total de vagas para 460.

“Acertei com o governador do estado a abertura do Hospital do Barreiro: 100% em dezembro”, tuitou Kalil no período da manhã. Ele se reuniu com Fernando Pimentel no dia anterior, quando ambos assumiram o compromisso de que a instituição de saúde, que atende moradores do Barreiro e cidades vizinhas, funcionará com 100% de capacidade.

Na prática, a prefeitura vai custear 25% da instituição. O estado assumirá o mesmo percentual, repassando R$ 5 milhões mensais ao município. O restante caberá ao Ministério da Saúde.

A ajuda do governo do estado e a da União aliviará o caixa da prefeitura para o financiamento de novas obras. Em até 15 dias, Kalil e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, vão assinar um convênio para empréstimo de R$ 120 milhões do banco à administração municipal – a contrapartida será de R$ 48 milhões.
Os dois se reuniram ontem para acertar detalhes do futuro acordo.

O novo aporte será destinado a três áreas. A maior parte do recurso (R$ 58 milhões) vai para a conclusão de obras já em andamento, como a abertura da Via 240 (Região Leste), a ampliação do Boulevard Arrudas, a conclusão do Viaduto Leste e a do espaço multiuso, no Parque Municipal.

Outros R$ 22 milhões serão aplicados em novos projetos, os quais não foram detalhados pelo prefeito, mas deverão custear estudos de mobilidade. Entre eles está a ampliação das ciclovias na capital e o Mob em corredores como a Avenida Amazonas e ao menos parte da construção do terminal São José (Região Noroeste).

“A estação São José vai permitir a ligação troncal daquela região com o Centro da cidade, diminuindo o fluxo de veículos na Avenida Pedro II”, prevê o secretário municipal de Obras, Josué Valadão, que participou do encontro entre Kalil e Occhi.

O restante (R$ 40 milhões) bancará recapeamentos em várias ruas e avenidas na cidade. Kalil acredita que os R$ 120 milhões vão facilitar a possibilidade de a prefeitura conseguir financiamento de mais R$ 1,2 bilhão no ano que vem. Levando-se em conta o pacote de 123 intervenções anunciado por Kalil no primeiro semestre (R$ 1,6 bilhão), a cidade receberá cerca de R$ 3 bilhões durante a atual gestão (2017-2020).

“É um plano ambicioso para nosso mandato. Estamos falando em quase R$ 3 bilhões em obras vinculadas à Caixa Econômica neste mandato. Não prometemos obras (na campanha eleitoral), mas estamos buscando o dinheiro e o recurso.
Estamos fazendo funcionar”, propagandeou o prefeito.

Kalil pretende visitar, na próxima semana, obras para melhorar o saneamento básico e evitar enchentes na cidade. Boa parte do pacote de R$ 1,6 bilhão anunciado por ele no primeiro semestre prevê intervenções contra alagamentos. “Belo Horizonte tem mais de 700 quilômetros de córregos. Temos de dar uma solução adequada para (os leitos). Na Bacia do Onça, estamos com licitação grande em andamento, que é para fazer o alargamento do Córrego Pampulha”, disse Valadão..