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Estado de Minas

Fisiculturista morto em boate de BH não usou drogas ou álcool, apontam exames

Polícia Civil informou que aguarda o resultado de outros exames para finalizar o inquérito que esclarecerá as causas da morte de Allan Pontelo


postado em 29/09/2017 12:49 / atualizado em 29/09/2017 12:52

(foto: Reprodução/ Internet/ Facebook )
(foto: Reprodução/ Internet/ Facebook )
Os laudos toxicológicos e de alcoolemia do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, não apontaram a ingestão de bebida alcoólica nem uso de drogas em 2 de setembro, quando foi morto durante uma confusão com seguranças do Hangar 677, boate da Região Oeste de BH.

Segundo a Polícia Civil, os exames ficaram prontos no início desta semana. Outros exames, não especificados pela corporação, ainda são aguardados para a conclusão do inquérito. A polícia vai marcar uma entrevista coletiva para apresentar o resultado das investigações.

A morte de Allan Guimarães Pontello ocorreu entre 4h e 5h do dia 2 de setembro A Polícia Militar (PM) colheu as informações com as testemunhas. “A versão dos seguranças é de que o rapaz foi abordado com drogas e, depois, sofreu um ataque cardíaco no local. Eles alegam que tentaram reanimar o jovem e não conseguiram”, explicou o tenente Jerry Adriano Martins de Abreu, da 126ª Companhia da Polícia Militar (PM), responsável pela área. Antes e passar mal o jovem teria corrido e saltado algumas grades, caindo no chão em seguida, ainda conforme a PM.

Um amigo de Allan disse que os dois foram ao banheiro e, depois de ser abordado por dois seguranças, Allan foi levado para um lugar privado na boate. “Fui tentar ver onde eles estavam e os seguranças colocaram o revólver no meu peito e me mandaram sumir”, afirma. Ele garantiu que foi ameaçado caso não deixasse o local. 

Segundo o rapaz, eles fecharam uma porta de metal e não conseguiu ver mais nada. “Fui procurar ajuda, pedir para uma amiga falar com quem estava organizando a festa e, quando voltei, o Allan já estava dentro da ambulância e alegaram que ele tinha falecido”, diz. Castanheira ressalta que o amigo não fazia uso de drogas e era saudável, sem problemas de saúde. “Às 3h07, ele me deu um toque no celular, mas eu não vi. Às 3h15, quando retornei, ele já não atendeu mais”.

De acordo com a PM, a vítima aparentava ter se envolvido em uma briga. “A blusa do Allan estava rasgada, suja, os dedos dos pés machucados, as costas arranhadas. Há sinais de que pode ter havido uma luta corporal. Talvez ele tenha entrado em conflito com seguranças, mas temos que aguardar a autópsia do corpo para saber as causas da morte”, concluiu Jerry Adriano.

Com o mistério nas causas da morte de Allan Pontelo, familiares e amigos do fisiculturista se mobilizaram para pedir justiça e esclarecimentos dos donos do Hangar 677. Uma página foi criada no Facebook e outdors foram espalhados por bairros de Contagem.    
 
(Com informações de Guilherme Paranaíba.) 


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