Jornal Estado de Minas

Após testes, metrô de BH volta a circular até 23h a partir de domingo


O metrô volta a funcionar em seu horário normal no próximo domingo. Desde de 4 de setembro, as composições vêm trafegando até meia-noite. Porém, o período de teste termina neste fim de semana. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fará uma análise para decidir se vai continuar com a operação no horário estendido. Enquanto disso, o serviço será ofertado somente até 23h. O horário estendido vinha agradando os usuários de Belo Horizonte. Em reportagem do Jornal Estado de Minas, publicada no dia em que começou os testes, vários passageiros elogiaram a operação especial.

Por meio de nota, a CBTU informou que o horário experimental está suspenso “até que sejam analisados os dados gerados durante a fase de testes realizada pela CBTU-BH, entre os dias 4 e 30 de setembro”.
“Somente após a consolidação e análise dos relatórios técnicos, a CBTU terá elementos para decidir se será possível continuar ou não com a ampliação de horário, no dia a dia da operação comercial do metrô”, afirmou a empresa.

O horário é uma demanda antiga dos vereadores da capital mineira, que alegam terem sido cobrado por usuários. O projeto de lei apresentado em 2014, que estabelece que o sistema metroviário da capital deve funcionar uma hora a mais que o habitual, foi aprovado em dezembro. Porém, um mês depois teve a primeira reviravolta.

Recém empossado, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) vetou o projeto alegando que o sistema metroviário faz a ligação de BH com outros municípios, tirando, assim, a competência da Câmara Municipal para legislar sobre a situação. Outro argumento de Kalil foi em relação à CBTU. Segundo o administrador, a companhia também não teria autonomia para realizar a mudança no horário de funcionamento do metrô, devido à dependência de recursos federais para manter o funcionamento do sistema metroviário.

Em março, os vereadores derrubaram o veto. Eles alegaram, no plenário da Câmara que a ampliação do horário de funcionamento das atividades no metrô representaria melhorias nas condições no transporte público de BH, além de favorecer os usuários que precisam se deslocar pela cidade no período noturno.

Justiça

Diante da situação, a CBTU entrou na Justiça para barrar a lei 11.031/17, alegando, entre outros motivos, foi a usurpação de competência, por parte do município de Belo Horizonte, para legislar sobre assunto relativo a transporte intermunicipal.
Em maio, o juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, concedeu liminar à Companhia suspendendo o cumprimento da norma. .