O metrô volta a funcionar em seu horário normal no próximo domingo. Desde de 4 de setembro, as composições vêm trafegando até meia-noite. Porém, o período de teste termina neste fim de semana. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fará uma análise para decidir se vai continuar com a operação no horário estendido. Enquanto disso, o serviço será ofertado somente até 23h. O horário estendido vinha agradando os usuários de Belo Horizonte. Em reportagem do Jornal Estado de Minas, publicada no dia em que começou os testes, vários passageiros elogiaram a operação especial.
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Manutenção aumenta intervalo entre viagens do metrô neste domingoAdolescente perde o pé em acidente na linha do metrô em BHSem regulamentação, vagão só para mulheres no metrô de BH fica só no papelUsuários aprovam metrô com mais vagões e horário estendido em BHProblema no metrô de Belo Horizonte atrasa viagensO horário é uma demanda antiga dos vereadores da capital mineira, que alegam terem sido cobrado por usuários. O projeto de lei apresentado em 2014, que estabelece que o sistema metroviário da capital deve funcionar uma hora a mais que o habitual, foi aprovado em dezembro. Porém, um mês depois teve a primeira reviravolta.
Recém empossado, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) vetou o projeto alegando que o sistema metroviário faz a ligação de BH com outros municípios, tirando, assim, a competência da Câmara Municipal para legislar sobre a situação. Outro argumento de Kalil foi em relação à CBTU. Segundo o administrador, a companhia também não teria autonomia para realizar a mudança no horário de funcionamento do metrô, devido à dependência de recursos federais para manter o funcionamento do sistema metroviário.
Em março, os vereadores derrubaram o veto. Eles alegaram, no plenário da Câmara que a ampliação do horário de funcionamento das atividades no metrô representaria melhorias nas condições no transporte público de BH, além de favorecer os usuários que precisam se deslocar pela cidade no período noturno.
Justiça
Diante da situação, a CBTU entrou na Justiça para barrar a lei 11.031/17, alegando, entre outros motivos, foi a usurpação de competência, por parte do município de Belo Horizonte, para legislar sobre assunto relativo a transporte intermunicipal.