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Estado de Minas

Secretaria de Saúde investe R$ 18 milhões para conter o Aedes aegypti em Minas

O foco maior será conter o avanço da febre chikungunya. Neste ano, a doença já matou sete pessoas e outros 15 casos ainda estão sendo investigados


postado em 29/09/2017 19:55 / atualizado em 29/09/2017 20:06

O registro das primeiras mortes por febre chikungunya em Minas Gerais ilustra o avanço da doença pelo estado. Já são sete pessoas que perderam a vida por causa da enfermidade e outros 15 casos seguem sendo investigados. O número de notificações também é alto, já são 17,6 mil, muito acima das 503 de 2016. Para tentar frear o avanço da doença e de outras que são transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue e Zika, o Governo de Minas Gerais anunciou, nesta sexta-feira, um investimento de R$ 18 milhões para o controle do vetor.

O repasse do recurso foi anunciado junto com as novas ações do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika. Entre as estratégias previstas estão ações de mobilização social, assistência aos pacientes, aquisição de equipamentos, insumos, medicamentos e novos veículos. Além disso, será feito o monitoramento da circulação do vírus e de novos casos das doenças no estado, para tentar algumas medidas para impedir o aumento dos casos.

A preocupação atual é com a chikungunya. “Se por um lado comemoramos uma queda altamente expressiva nos casos de dengue no nosso estado em relação ao ano passado, por outro nos preocupa a evolução nos casos de Chikungunya. Por isso já estamos tomando uma série de iniciativas, como a distribuição de equipamentos para os municípios que possuem um maior número de casos da doença”, afirma o Secretário de Estado de Saúde, Savio Souza Cruz.

Do investimento anunciado, R$ 7,9 milhões serão destinados para a compra de novos veículos e equipamentos, R$ 350 mil para a aquisição de medicamentos insumos e equipamentos para implantação de Unidades de Hidratação, R$ 4 milhões em 35 veículos que serão destinados às 28 Unidades Regionais de Saúde, Fundação Ezequiel Dias (Funed) e laboratórios macrorregionais, e R$ 3 milhões para compra de equipamentos costais e 1,3 mil equipamentos motorizados para dispersão de inseticidas. O restante será para a compra de 100 galões de nitrogênio, e para a campanha de mobilização.

Monitoramento

Uma das estratégias será o monitoramento do vírus nas áreas mais suscetíveis às doenças. Para isso, serão reativados os 28 Comitês Regionais das Doenças Transmitidas pelo Aedes, que, além do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), vão implantar armadilhas em 136 municípios prioritários do estado. “Atualmente o vírus 1 da dengue está em predominância no estado, mas também temos os tipos 2, 3 e 4. A SES-MG faz o monitoramento porque quando há alteração na circulação desses vírus, existe o risco para novas epidemias. Além disso, quando a população nunca teve contato com um novo tipo de vírus, como é o caso da introdução da Chikungunya no estado, também há a possibilidade de um aumento significativo no número de casos”, disse Rodrigo Said, subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas.

A chikungunya

É uma doença viral causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, também transmissores da dengue, da zika e da febre amarela. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e 12 dias. Os principais são febre alta, acima de 39 graus, de início repentino, dor muscular, erupções na pele, conjuntivite e dor nas articulações, que podem se manter por um longo período. A orientação das autoridades de saúde para quem apresentar manifestações compatíveis com a virose é procurar a unidade básica de saúde mais próxima e não usar medicamentos sem indicação médica.


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