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Estado de Minas

Chuvas já dão partida para onda de queda de árvores em BH

Bastou um dia chuvoso para trazer de volta a BH o risco de galhos despencarem ou troncos serem arrancados. Em dois batalhões, bombeiros receberam 19 chamados para corte e vistorias


postado em 02/10/2017 06:00 / atualizado em 02/10/2017 07:56

Bombeiros cortam árvore que caiu sobre outra na Rua São Paulo, no Centro-Sul da cidade, em decorrência da chuva no sábado(foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)
Bombeiros cortam árvore que caiu sobre outra na Rua São Paulo, no Centro-Sul da cidade, em decorrência da chuva no sábado (foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)
Depois de um sábado chuvoso, o primeiro após uma estiagem que durou 107 dias, o Corpo de Bombeiros fez ontem uma vistoria pelas ruas da Região Metropolitana de Belo Horizonte para verificar árvores e muros caídos na capital em consequência das precipitações. Embora as chuvas não tenham sido intensas, ainda que constantes, somente em dois batalhões de BH – no 1º, que atende ao Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul, e o 3º, nas regiões da Pampulha e Venda Nova – foram 19 chamadas para corte e vistorias de árvores de sábado até as 17h de ontem.

De acordo com a Corporação, sempre que se verifica que árvores apresentam risco para os pedestres e imóveis, os espécimes são cortados. Pela manhã, os bombeiros vistoriaram os bairros Pindorama e Nova Vista, em Belo Horizonte. Na Rua São Paulo, próximo ao número 2.031, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul, duas viaturas da corporação atuaram durante a tarde para cortar uma árvore de grande porte que caiu em cima de outra. A rua precisou ser fechada por algumas horas, mas isso não atrapalhou o trânsito. Endereços em Santa Luzia, Vespasiano e em Betim também foram alvos de vistorias dos bombeiros.

As chuvas devem continuar no decorrer da semana e todo cuidado é pouco: a queda de árvores mata 2% das vítimas de chuvas todos os anos, aponta o  trabalho “Prevenção de óbitos decorrentes das chuvas pelo CBMMG: Análise do período chuvoso em Minas Gerais e Belo Horizonte”, produzido pelo major do Corpo de Bombeiros Anderson Passos, em 2010. As mortes decorrentes de soterramentos de residências por escorregamento de encostas são as mais frequentes, representando 38% do total. Os soterramentos estão associados à construção irregular de moradias em encostas. De acordo com a Defesa Civil de Belo Horizonte, nenhuma ocorrência dessa natureza foi registrada pela corporação no fim de semana. No estado, a Defesa Civil destacou ocorrências devido à chuva em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e em Pirapora, no Norte do Estado.

Depois da chuva de sábado, um trecho de asfalto cedeu e formou uma cratera na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A ocorrência foi às 5h, na Avenida Rui de Castro Santos, no Bairro Jardim Ipanema, e deixou um homem ferido. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a cratera se formou “engolindo” um carro de passeio. O veículo ficou preso e o motorista teve ferimento em uma das pernas. O Corpo de Bombeiros levou a vítima, que não teve a identidade di vulgada, para Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.   
 
Em Pirapora, chuva acompanhada de vento forte e de granizo provocou danos e assustou moradores. A tempestade durou cerca de 20 minutos e espalhou danos por toda a cidade, mas sem registro de feridos. Na hora do temporal, ocorria uma apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem de Pirapora – formada por cerca de 50 crianças e jovens na faixa de 8 a 15 anos – no histórico Vapor Benjamin Guimarães, ancorado no cais do Rio São Francisco. Houve correria entre as cerca de 50 crianças e adolescentes, o que foi gravado em um vídeo. Ninguém se feriu.

PÂNICO EM PIRAPORA As crianças se apresentavam dentro do vapor, ancorado próximo ao barranco, enquanto o público acompanhava o espetáculo de um espaço montado para a plateia na margem do rio. As crianças tiveram que retiradas do vapor rapidamente. O pânico aumentou com a falta de energia, conforme vídeo feito por pessoas que estavam no local. Durante a tempestade de ontem, a lona de um circo foi derrubada pela ventania, sem o registro de feridos. A cobertura de um posto de combustíveis e uma bomba de gasolina foram arrancadas.

O Corpo de Bombeiros de Pirapora informou ainda que, durante a madrugada, resgatou uma família que estava em um pequeno barco à deriva no meio do Rio São Francisco. Ninguém se feriu. Segundo informações da Prefeitura de Pirapora, centenas de árvores foram derrubadas pelo vento, que destelhou dezenas de casas. O muro da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) também foi derrubado. Além disso, o fornecimento de energia foi interrompido.


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