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A unidade fica em uma região com muita vegetação e lotes sem capina, segundo a universitária. A iluminação é insuficiente. “No fim do morro da unidade a gente não tem proteção nenhuma. Temos medo de vir à aula”, diz.
“Em todas as faculdades e escolas daqui acontece isso, mas na UEMG é mais. Acaba que a gente fica a mercê. No início do ano, teve um ônibus baleado, um aluno assaltado às19h e agora o estupro dessa menina. Já são três crimes absurdos e nada foi feito”, enfatiza Patrícia Procópio.
A universitária diz que eles já realizaram reuniões com a prefeitura, outras passeatas e também fizeram pedidos à Polícia Militar (PM), mas não houve melhoria. “O estado não fornece vigias. Não há policiamento. A prefeitura empresta funcionários para ficarem na portaria”, alega.
A concentração para o protesto de hoje começa às 13h30, na porta do câmpus da UEMG em João Monlevade. Os estudantes esperam que funcionários, professores e outros moradores da cidade se juntem a eles. De lá, os manifestantes vão seguir pela avenida principal da cidade até a Praça do Povo, onde vão protestar até as 18h.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa informou que a UEMG lamenta o estupro da jovem e que apoia a manifestação dos estudantes. Ainda segundo a universidade, estão programadas reuniões com a PM, prefeitura e a Câmara Municipal de João Monlevade para encontrar uma solução para os crimes no entorno. Leia, na íntegra, a nota assinada pela Diretoria Acadêmica João Monlevade:
"A UEMG, por meio da Unidade Acadêmica João Monlevade afirma sua consternação pelo crime de agressão física e sexual sofrido por sua estudante e com ela solidariza-se pelo sofrimento de que foi alvo no dia 29 de setembro, nas imediações da Universidade.
Ainda que a prática criminosa não tenha ocorrido dentro da sede da Universidade, a Diretoria soma-se às vozes de sua comunidade acadêmica, que hoje se manifesta nas ruas, de forma pacífica e organizada, por mais investimentos em segurança.
Desde seu conhecimento acerca dos fatos, a Diretoria da Unidade João Monlevade, apoiada pela Reitoria da UEMG, já se movimenta para provocar nos setores responsáveis pela segurança pública do município os diálogos necessários para prover naquela região da cidade um maior policiamento, adequação da iluminação pública além de buscar outras ferramentas que possam ser implantadas com o objetivo de promover maior eficiência na segurança dos estudantes e demais cidadãos de bem.
Assim, foi definida uma agenda de encontros durante esta semana junto à Polícia Militar, à Prefeitura Municipal e também à Câmara de Vereadores de João Monlevade, para que casos análogos não tornem a ocorrer, especialmente nos horários em que se ministram as atividades acadêmicas.".