Se por um lado trouxe transtornos, prejuízos e provocou mortes, a chuva também ajuda evitar um outro problema: a crise hídrica. A Região Metropolitana de Belo Horizonte ficou um longo período de estiagem, que durou mais de três meses. Esse tempo foi o suficiente para causar a pior seca dos últimos 100 anos, segundo a Copasa. Mas, com as precipitações dos últimos dias, o Sistema Paraopeba, que abastece as cidades da Grande BH, teve alta. Ainda em pouca escala, mas que já dá um certo alívio.
Dados divulgados pela Copasa nesta terça-feira, mostram que o conjunto de represas teve a primeira alta depois de 30 dias. O Sistema estava com 53,1% de seu volume total em 3 de setembro. Esse valor caiu diariamente até essa segunda-feira, quando chegou a 47,8%. O temporal que atingiu Belo Horizonte e municípios vizinhos ajudou. Hoje, o número chegou a 48,1%.
A alta foi puxada pelo Reservatório do Sistema Rio Manso, o maior do Sistema Paraopeba, e Vargem das Flores. A primeira represa também estava com o volume em queda. Em 3 de setembro, o nível estava em 71,7%, e chegou a 65,8% nessa segunda-feira. Hoje, teve alta de 0,4 pontos percentuais, chegando a 66,2%.
Já Vargem das Flores, estava com 43,9% em setembro e foi para 38,2% no último sábado. No domingo, teve alta e chegou a 38,5%. Voltou a cair na segunda-feira para 38,4%, e hoje chegou a 38,8%. Outra represa do Sistema é o Serra Azul, que também estava com perda de água. Em 3 de setembro estava com 25,7%, caiu para 21,5% nessa segunda-feira, e passou para 21,6% nesta segunda-feira.
Mesmo que com um leve aumento, o retorno da chuva é comemorado pela Copasa. Na última semana, a Companhia afirmou que devido ao longo período de estiagem, a Região Metropolitana de Belo Horizonte passa pela pior crise dos últimos 100 anos. Mesmo assim, afirmou que o abastecimento está garantido por ao menos 10 meses. Informou, na ocasião, que os mananciais devem recuperar parcilamente os níveis no período chuvoso.