Jornal Estado de Minas

Estudante de direito chuta cadeira contra professor ao ser flagrado 'colando' em BH

Um professor universitário denunciou à Polícia Militar ter sido agredido dentro da Faculdade Faminas, em Belo Horizonte, na última segunda-feira, por um estudante do curso de direito. A motivação para a violência, relatou a vítima no boletim de ocorrência, foi a punição imposta ao aluno que foi flagrado "colando" durante a aplicação de uma prova e reagiu chutando uma cadeira contra o educador. A instituição de ensino informou, em nota divulgada nesta quarta-feira, que está apurando o caso.

O episódio ocorreu durante uma aula do curso de direito na sala do 10º período na última segunda-feira. O professor procurou uma base móvel da Polícia Militar (PM) no dia seguinte e fez um boletim de ocorrência, a que o Estado de Minas teve acesso. O educador informou que aplicava um teste aos alunos, quando flagrou o estudante, de 42 anos, colando durante o exame.

O educador informou que “advertiu o aluno respeitosamente e discretamente”, dizendo que a prova dele seria anulada. Mesmo depois de alertado, o aluno, segundo a vítima, continuou na sala de aula por aproximadamente 25 minutos.


Depois desse tempo, procurou o professor e solicitou que ele desse uma chance em relação à anulação da prova. O educador afirmou que voltou a falar respeitosamente com o universitário, dizendo que não voltaria atrás sobre a decisão. Com a negativa, segundo a vítima relatou no boletim de ocorrência, o estudante ficou nervoso e agressivo, chutando com violência uma das carteiras em direção ao professor, na tentativa de agredi-lo. Em seguida, de acordo com o educador, afirmou que iria quebrá-lo.

Ainda segundo os relatos do professor, o estudante foi em sua direção na tentativa de agredi-lo, mas acabou contido por três pessoas que testemunhavam a cena.

Por meio de nota, a Faminas informou que está apurando o que ocorreu com as partes envolvidas para, a partir daí, tomar as devidas providências. “A instituição reforça que preza pela segurança e bem-estar, tanto de seus alunos quanto do corpo docente. Além disso, repudia qualquer ato que não condiga com os valores éticos e morais da sociedade”, completou.
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