Jornal Estado de Minas

Pimentel decreta luto de três dias e acompanha ação em Janaúba

Minas Gerais está de luto de três dias por causa da tragédia na creche Gente Inocente, em Janaúba, na Região Norte do estado. O decreto foi feito na tarde desta quinta-feira pelo governador Fernando Pimentel (PT), que está na cidade para acompanhar os trabalhos dos socorristas. Ao todo, cinco pessoas morreram, entre elas quatro crianças, e ao menos 21 ficaram feridas. Entre elas está o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, que ateou fogo no próprio corpo e atacou estudantes e funcionários da creche.

A prefeitura de Janaúba também decretou luto oficial de sete dias após a tragédia na creche. “Neste momento de tamanha tristeza em nossa cidade, a Prefeitura Municipal de Janaúba solicita o apoio de todos para dar prosseguimento ao tratamento das vítimas hospitalizadas”, informou a administração municipal, por meio de nota publicada em sua página no Facebook.

Desde a manhã desta quarta-feira, um grande aparato foi mobilizado para atender a ocorrência. Segundo a assessoria de imprensa do Governo, todas as forças de Saúde Pública e de segurança do Estado – Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil – estão mobilizadas. Um posto de comando emergencial foi instalado no local para alinhar todos os esforços dos órgãos públicos envolvidos.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mobilizou todas as equipes do SAMU da região Macro Norte, aeronaves de Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV) tripuladas com equipe médica e de socorristas.
Além disso, todos os equipamentos e insumos necessários foram disponibilizados. Também foi articulada a oferta de leitos de UTI em Montes Claros e Belo Horizonte para assistência às vítimas de queimaduras.

A tragédia

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Janaúba, Damião chegou à creche com uma mochila rosa nas costas. Ao tocar a campainha, funcionários teriam achado estranho a presença do vigia fora do horário de trabalho, e ele teria dito que iria entregar um atestado médico à direção da unidade.

Ainda segundo a assessoria, Damião levava na bolsa um líquido inflamável, possivelmente álcool ou gasolina, que usou para atear fogo no próprio corpo. Funcionários informaram ainda que ele abraçou crianças que também começaram a ter os corpos incendiados. A sala onde os alunos estavam tem grades na janela e teto de PVC, uma espécie de material plástico, também inflamável.
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