Jornal Estado de Minas

Autoridades admitem erro ao divulgar morte de professora em Janaúba

Autoridades voltaram atrás na informação de que a professora Helley Abreu Batista teria morrido na tarde desta quinta-feira, depois da tragédia em Janaúba, no Norte de Minas, provocada por um vigia de uma creche, que colocou fogo em várias crianças. A informação sobre a morte foi repassada pelo prefeito da cidade, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), e pelo Corpo de Bombeiros, mas alterada no fim da tarde. Até o momento, foram confirmadas cinco mortes: Luiz David Ferreira, de 4 anos, e Ana Clara Ferreira da Silva, de 4, Ruan Miguel Santos Silva, de 4, Juan Pablo Cruz dos Santos, de 4, e o vigia Damião Soares dos Santos, de 50.

Às 17h59, o tenente Pedro Aihara, chefe da Sala de Imprensa do Corpo de Bombeiros, informou que a morte foi retificada pela corporação. "Ela entrou em parada cardiorrespiratória e foi reanimada. Quando ela entrou nesse estágio, em uma situação de quase óbito, o próprio hospital passou para o delegado responsável que ela teria falecido, mas ela foi reanimada. No momento, o quadro é gravíssimo, com alta possibilidade de morte", afirmou.

A ocorrência mobiliza autoridades de segurança e saúde em todo o estado.
A Polícia Militar (PM) divulgou os números oficiais do caso até o início da tarde. Segundo a PM, o autor do crime era vigia do Centro de Educação Municipal Gente Inocente, creche onde ocorreu o crime. Outras 21 pessoas ficaram feridas na ação.

Em virtude da gravidade do caso, foi montado um Sistema de Comando em Operações (SCO) no local, estrutura adotada para controlar os trabalhos de resposta a situações críticas. O coronel que comanda a 11ª Região de Polícia Militar acionou o comando-geral da PM, pedindo apoio de aeronaves. A prefeitura de Janaúba, no Norte de Minas Gerais, decretou luto oficial de sete dias após a tragédia na creche Cemei Gente Inocente. .