O fim trágico da advogada Márcia Cristina Pereira Ribeiro, de 46 anos, que morreu na noite de quarta-feira após ser sequestrada por bandidos que queriam roubar seu carro em Belo Horizonte, motivou uma reação da Polícia Militar contra a reincidência dos ladrões nas ruas da cidade. A advogada, que trabalhava no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG), foi surpreendida pelos bandidos na porta de casa, no Bairro Brasil Industrial, na Região do Barreiro, e foi levada com o veículo. Depois de fugir de uma abordagem policial, os criminosos acabaram provocando um acidente no Anel Rodoviário. Com o impacto da batida, Márcia e os três ladrões morreram. O comandante do 41º Batalhão da PM, unidade que faz o policiamento da Região do Barreiro, tenente-coronel Messias Alan de Magalhães, cobrou maior rigor no cumprimento da legislação que já existe no Brasil, pois, segundo o militar, pelo menos dois dos três ladrões já tinham passagens na polícia por roubo, o que significa emprego de violência, e mesmo assim estavam em liberdade.
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Vítima de sequestro relâmpago morre em fuga no Anel Rodoviário Vítima de sequestro que morreu no Anel Rodoviário foi abordada na porta de casaVítima de sequestro relâmpago morre em fuga de criminosos no Anel Rodoviário Homens são presos com 3,4 mil pinos de cocaína em BHMODUS OPERANDI Os detalhes do crime que terminou com a morte da advogada Márcia Cristina ajudam a entender a reincidência cometida pelos bandidos. Segundo a Polícia Militar, três homens abordaram Márcia no momento em que ela chegava em casa, de carro, acompanhada da irmã, Maria Alice do Nascimento, de 37.
Muito abalada com a situação, Maria Alice contou apenas que chegava com a irmã na casa dos pais, onde Márcia também morava, quando desceu do carro para abrir o portão. “Eles chegaram e dois entraram no carro da minha irmã. O outro ficou no carro em que eles chegaram. Depois, eles abandonaram o primeiro carro e foram todos para o carro dela. A princípio, queriam apenas o carro, porque não pediram pertences nem nada”, afirma. A assistente administrativa diz que como estava fora do carro, não conseguiu ver se os ladrões estavam armados, mas ficou muito desesperada com a situação.
Entrevista
Maria Alice Pereira Ribeiro do Nascimento 37 anos, irmã da advogada
1 - Como tudo aconteceu?
Nós estávamos chegando na casa da minha irmã e dos meus pais e eu desci para abrir o portão. Nesse momento, os bandidos se aproximaram. Dois entraram no carro da minha irmã. O outro ficou no carro em que eles chegaram.
2 - Por que eles a levaram no carro?
A princípio queriam era o carro, porque não pediram pertences nem nada. No desespero, não consegui observar nada, mas vi que eles foram violentos. Primeiro ela estava no banco da frente e depois a colocaram no banco de trás.
3 - Qual recordação você vai guardar da sua irmã?
A Márcia era uma pessoa excelente, muito dedicada à família. Morava com meus pais e cuidava de todos. Meu pai faleceu recentemente e agora a perdemos.
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