Leia Mais
'Eu vou dar picolé para vocês', disse vigilante antes de atear fogo em crecheAproveitadores divulgam contas falsas para receber doações para vítimas de ataque a crecheDistúrbio psiquiátrico e obsessão: saiba quem era o vigia que matou crianças em JanaúbaDuas crianças queimadas em creche de Janaúba são enterradasVigia mata crianças dentro de creche em JanaúbaEmpresa de ônibus se disponibiliza a levar donativos às vítimas de Janaúba''Ela era uma gracinha, inteligente'', diz prima de criança morta na tragédia de Janaúba ''É um tratamento, complexo, demorado e doloroso'', diz médico sobre vítimas de tragédiaCrianças vítimas de tragédia transferidas para o Odilon Behrens estão em estado graveMoradores prestam solidariedade a vítimas e familiares no Hospital João XXIIIMais duas crianças vítimas da tragédia em Janaúba morremApós a coletiva, falando ao em.com.br por telefone, o prefeito de Janaúba reafirmou o que disse na coletiva. “Em hipótese alguma ele agiu por causa de problemas psicológicos”, disse Carlos Isaildon Mendes. “Foi uma fatalidade que não podemos atribuir culpabilidade a ninguém. Ele não tinha contato com nenhuma criança. Era um guarda noturno.
O laudo que traçou o perfil psicológico do vigia mostrou que o ataque foi planejado. Também descartou a hipótese de surto. “O laudo vai para o caminho da perversão, que houve planejamento, uma premeditação e também houve uma execução bem organizada. Um sujeito em surto psicótico não teria essa organização toda que o sujeito teve”, afirmou o médico legista Daivisson Antônio Amilton em entrevista a TV Globo. “Ele adquiriu os frascos de combustíveis, bem antes três dias antes do acontecido. E a data simbólica, que foi o dia da morte do pai dele há três anos”, completou.
Vigia denunciou a própria mãe
O delegado Ricardo Nunes Henriques disse que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sugeriu tratamento ao vigia depois que ele disse estar sendo envenenado pela própria mãe, mas que ele não procurou atendimento. “Ele procurou o Ministério Público alegando que estava sendo perseguido pela própria mãe, que a mãe estaria envenenando seus alimentos para ceifar a vida dele.
Conforme o delegado, Damião sofria de delírio persecutório, mas que o transtorno não teve relação com o massacre cometido por ele. “Ele delirava às vezes, como se estivesse sendo perseguido por alguém. Isso é uma enfermidade. Mas isso não tem nada à ver com o ato em si. O ato dele foi preparado, premeditado. No momento da ação, ele tinha plenamente o caráter dele.
O promotor do Ministério Público, Jorge Victor Barreto Cunha, também corrobora a fala das demais autoridades. “Ele desempenhava suas funções normalmente. Sinaliza que foi um ato preparado, que ele tinha uma organização, sabia o horário das crianças na creche, das professoras, comprou os combustíveis.