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Estado de Minas

''Ela era uma gracinha, inteligente'', diz prima de criança morta na tragédia de Janaúba

Yasmim Medeiros Sabino, de 4 anos, era uma das 42 crianças feridas depois do ataque do vigia


postado em 06/10/2017 16:46 / atualizado em 06/10/2017 17:14

A frase sai engasgada em meio ao choro ininterrupto. “Nunca recebemos notícia tão terrível”, diz Roberta Moreira dos Santos, de 37 anos, prima de Yasmin Medeiros Sabino, após saber que a menina de 4 anos faleceu no início da tarde desta sexta-feira, na Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros. A criança que estava com 90% do corpo queimado é a sétima criança morta na tragédia de Janaúba, provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos. Em ataque ao Centro Infantil Gente Inocente, na manhã de quinta-feira, ele ateou fogo a crianças e funcionários da instituição e ainda ao próprio corpo.

Nesta tarde, a família aguardava a liberação do Instituto Médico Legal (IML) de Montes Claros para seguirem com o corpo de Yasmin, com destino a Janaúba, onde ele será velado. A despedida será realizada na residência da família. “Ela estava muito ruim, com 90% do corpo queimado. A mãe dela, minha prima, está arrasada. Ela tinha deixado a Yasmim na creche e logo depois recebeu a notícia dessa tragédia”, afirmou Roberta.

A criança estudava no centro infantil há dois anos. Ela tem três irmãos, mas nenhum deles estuda na creche Gente Inocente.“Ela era uma gracinha, inteligente. Era uma menina muito ativa, que conversava com todos. Tinha mania de inventar uma música pra todo mundo. Vai ser muito difícil enfrentar essa situação”, desabafa Roberta. Yasmim era uma das cerca de 35 crianças que estavam na sala da creche que o vigia Damião escolheu como alvo para praticar o ataque.

Por volta de 9h30, ele chegou à instituição dizendo que queria conversar com a diretora. Ele então retirou de dentro de uma mochila uma vasilha (pote de sorvete) com gasolina e incendiou o ambiente e as crianças e funcionários. Yasmin chegou a ser transferida para Montes Claros, de avião, e de lá seria transferida para Belo Horizonte, mas teve duas paradas cardíacas e teve que permanecer no interior. Além dela, morreram mais sete crianças. O próprio Damião, que ateou fogo em si mesmo, e a professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, também morreram queimados.


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