O laudo que traçou o perfil psicológico do vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, mostrou que ele sofria de disfunção de consciência e tinha delírios persecutórios. Em 2014, chegou a procurar o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para pedir ajuda, pois afirmava que estaria sendo envenenado pela própria mãe. O caso foi analisado e foi recomendado a ele a procura de tratamento mental. Mesmo com a constatação, a Polícia Civil descarta que o funcionário tenha tido um surto psicótico no ataque contra a creche Gente Inocente, em Janaúba, no Norte de Minas, que deixou nove mortos e 41 feridos. O crime é tratado como premeditado no inquérito.
A Polícia Civil está elaborando um documento com algumas avaliações preliminares que vão compor o inquérito. As investigações iniciais, segundo a corporação, mostram que o suspeito sofria transtornos mentais, que foram detectados em 2014, a partir de uma avaliação de um profissional especializado. Ele possuía disfunção de consciência, por isso foi sugerido a ele o acompanhamento psiquiátrico. Porém, as apurações ainda não encontraram nenhum registro de consulta médica, receita e elementos que comprovassem o uso de medicação.
A promotoria da cidade já tinha recomendado ao vigia que ele procurasse um atendimento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) depois da denúncia feita por ele em 2014. Na época, Damião alegou que estava sendo envenenado pela própria mãe. “Ele procurou o Ministério Público alegando que estava sendo perseguido pela própria mãe, que a mãe estaria envenenando seus alimentos para ceifar a vida dele. Coisas da cabeça dele. Isso não existiu”, contou o delegado Ricardo Nunes Henriques, chefe do 11º Departamento da Polícia Civil.
De acordo com o delegado, Damião sofria de delírio persecutório, mas que o transtorno não teve relação com o massacre cometido por ele. “Ele delirava às vezes, como se estivesse sendo perseguido por alguém. Isso é uma enfermidade. Mas isso não tem nada à ver com o ato em si. O ato dele foi preparado, premeditado. No momento da ação, ele tinha plenamente o caráter dele. Tinha plena consciência do ato que estava cometendo. Ele se preparou para fazer aquilo e fez deliberadamente. Ele não estava surtado. Ele estava em sã consciência”, reforça o policial. “Então, era imprevisível isso aí. Foi um fato isolado que aconteceu como acontece às vezes em outros países. Infelizmente é a mente humana, mas não seria possível evitar esse fato”, finalizou o delegado.
Damião trabalhava no período noturno, em regime de 12 por 36 horas, e não tinha contato com as crianças, segundo o prefeito Carlos Isaildon Mendes. “Em momento algum poderíamos imaginar que ele causaria uma tragédia dessas”, disse. Segundo ele, o vigia ficou três meses de férias, por ter períodos acumulados. O homem chegou a conversar com a diretora por telefone nesta semana e disse que ele estava bem. Questionado sobre o fato de o homem continuar na função mesmo com problemas psicológicos, o chefe do Executivo municipal foi enfático. “Eu preciso deixar claro para o Brasil e para o mundo que ontem, em uma reunião com a polícia, foi dito que todas as investigações foram feitas. E trata-se de uma tragédia totalmente imprevisível e nenhuma autoridade poderia imaginar o que aconteceu”, completou.
O promotor do Ministério Público, Jorge Victor Barreto Cunha, também acredita que o caso não foi um surto psicótico. “Ele desempenhava suas funções normalmente. Sinaliza que foi um ato preparado, que ele tinha uma organização, sabia o horário das crianças na creche, das professoras, comprou os combustíveis. Tudo sinaliza para um ato, pasmem, senhores, de barbaridade”, afirmou.
A Polícia Civil está elaborando um documento com algumas avaliações preliminares que vão compor o inquérito. As investigações iniciais, segundo a corporação, mostram que o suspeito sofria transtornos mentais, que foram detectados em 2014, a partir de uma avaliação de um profissional especializado. Ele possuía disfunção de consciência, por isso foi sugerido a ele o acompanhamento psiquiátrico. Porém, as apurações ainda não encontraram nenhum registro de consulta médica, receita e elementos que comprovassem o uso de medicação.
A promotoria da cidade já tinha recomendado ao vigia que ele procurasse um atendimento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) depois da denúncia feita por ele em 2014. Na época, Damião alegou que estava sendo envenenado pela própria mãe. “Ele procurou o Ministério Público alegando que estava sendo perseguido pela própria mãe, que a mãe estaria envenenando seus alimentos para ceifar a vida dele. Coisas da cabeça dele. Isso não existiu”, contou o delegado Ricardo Nunes Henriques, chefe do 11º Departamento da Polícia Civil.
De acordo com o delegado, Damião sofria de delírio persecutório, mas que o transtorno não teve relação com o massacre cometido por ele. “Ele delirava às vezes, como se estivesse sendo perseguido por alguém. Isso é uma enfermidade. Mas isso não tem nada à ver com o ato em si. O ato dele foi preparado, premeditado. No momento da ação, ele tinha plenamente o caráter dele. Tinha plena consciência do ato que estava cometendo. Ele se preparou para fazer aquilo e fez deliberadamente. Ele não estava surtado. Ele estava em sã consciência”, reforça o policial. “Então, era imprevisível isso aí. Foi um fato isolado que aconteceu como acontece às vezes em outros países. Infelizmente é a mente humana, mas não seria possível evitar esse fato”, finalizou o delegado.
Crime imprevisível
Damião trabalhava no período noturno, em regime de 12 por 36 horas, e não tinha contato com as crianças, segundo o prefeito Carlos Isaildon Mendes. “Em momento algum poderíamos imaginar que ele causaria uma tragédia dessas”, disse. Segundo ele, o vigia ficou três meses de férias, por ter períodos acumulados. O homem chegou a conversar com a diretora por telefone nesta semana e disse que ele estava bem. Questionado sobre o fato de o homem continuar na função mesmo com problemas psicológicos, o chefe do Executivo municipal foi enfático. “Eu preciso deixar claro para o Brasil e para o mundo que ontem, em uma reunião com a polícia, foi dito que todas as investigações foram feitas. E trata-se de uma tragédia totalmente imprevisível e nenhuma autoridade poderia imaginar o que aconteceu”, completou.
O promotor do Ministério Público, Jorge Victor Barreto Cunha, também acredita que o caso não foi um surto psicótico. “Ele desempenhava suas funções normalmente. Sinaliza que foi um ato preparado, que ele tinha uma organização, sabia o horário das crianças na creche, das professoras, comprou os combustíveis. Tudo sinaliza para um ato, pasmem, senhores, de barbaridade”, afirmou.