A queda do forro de PVC, que derreteu com o incêndio, teria sido a principal causa das lesões sofridas pelas vítimas do ataque, segundo análise inicial da Perícia da Polícia Civil. Apesar de ter sido inaugurada há 17 anos, a unidade de ensino, que abrigava até bebês do berçário, não era equipada por extintores nem tinha alvará dos Bombeiros.
Na tarde de ontem, prefeito de Janaúba Carlos Isaildon Mendes (PSDB) visitou na tarde desta segunda-feira os pacientes vítimas da tragédia que estão internados no hospital João XXIII, no Bairro Santa Efigênia, Região-Centro de Belo Horizonte, e comentou sobre a situação irregular da creche. Ao ser questionado sobre o assunto, Isaildon respondeu que a prefeitura receberá um diagnóstico de toda situação e que "não irão medir esforços para fazer tudo o que for possível para dar o melhor atendimento possível a todas as crianças." Ele completou que lamenta que "alguém tivesse que pagar com a vida para que o país agora passe a ter mais segurança."
Portanto, o senador promete proibir o uso de materiais altamente inflamáveis como forro de PVC. Segundo ele, o ocorrido em Janaúba vai servir de base para se criar medidas protetivas pra as crianças e oferecer subsídios para a Lei de Responsabilidade Humana proposta pela CPI. Malta defendeu mudanças e melhorias na estrutura dos conselhos tutelares dos direitos da criança e do adolescente. "Atualmente, os conselhos tutelares no Brasil são um lixo", afirmou o senador.
O Corpo de Bombeiros informou que há previsão de realizar vistoria em 28 unidades de educacionais da cidade. Nesta terça-feira, E.M. Americo S. Oliveira e E.M. Madre Cândida devem ser vistoriadas.
A tragédia
Na quinta-feira, dia 5 de outubro, o vigia do Centro Educacional Gente Inocente, em Janaúba, ateou fogo a si mesmo e às crianças e funcionários da creche. De acordo com a Polícia Civil, Damião Soares premeditou o crime, que aconteceu três anos após a morte de seu pai. Ainda segundo a polícia, o homem tinha transtorno psicológico.