O Ministério do Trabalho determinou a interdição das atividades de operação da Barragem Casa de Pedra (BCP), que pertence à mineradora CSN em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. O termo foi emitido nessa semana, mas os trabalhos não foram suspensos, conforme a mineradora.
O documento, de 11 de outubro, é assinado por dois auditores fiscais do trabalho ligados à Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais. “Fica determinada a Interdição das atividades de operação da barragem Casa de Pedra e de execução de obras de drenagem e de bermas de reforço executadas junto às ombreiras do digue de sela, em razão da constatação da situação de grave e iminente risco (…), diz o termo.
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O Ministério Público cita que “apesar da divergência entre números e de acordo com o apurado pela Auditoria Fiscal do Trabalho” em setembro, a Barragem Casa de Pedra “já atingiu seu limite de armazenamento seguro”.
A mineradora tem 10 dias para recorrer da interdição e a suspensão dela poderá ser solicitada, desde que sejam adotadas as medidas de proteção da segurança impostas pelo Ministério do Trabalho, entre elas, a instalação de sirenes junto às comunidades próximas à barragem, com sinalização de rotas de fuga, pontos de encontro e realização de simulação de emergência com a população de Congonhas e Jeceaba. Outra medida é a “elaboração de um novo relatório técnico que comprove a establidade da BCP após o término das obras, inclusive quanto à liquefação estática e dinâmica”.
Neste sábado, por meio de sua assessoria de imprensa, a mineradora CSN informou que já prestou os esclarecimentos solicitados pelo Ministério do Trabalho e que as atividades na barragem ocorrem normalmente. Leia a nota na íntegra:
"A CSN Mineração esclarece que as obras no dique de sela da barragem Casa de Pedra, em Congonhas, e as operações da mineradora continuam sem interrupção. As solicitações do Ministério do Trabalho foram atendidas e esclarecidas, reafirmando a estabilidade garantida e fiscalizada pelo DNPM, Ministério Público de Minas Gerais e órgãos ambientais. A Companhia reitera não há risco para os trabalhadores e moradores do município. A empresa continuará a prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades e órgãos competentes.".