O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), publicou em sua conta no Twitter, na noite desta segunda-feira, que marcará novo encontro com representantes da Maternidade Sofia Feldman, unidade filantrópica 100% SUS, localizada na Região Norte da capital. “Marcarei mais uma reunião no Sofia Feldman. É problema de Belo Horizonte”, anunciou o prefeito na rede social, referindo-se à crise financeira pela qual passa a instituição que realiza mais de 900 partos por mês.
Com receita sem reajuste desde 2013, salários atrasados e dificuldades na aquisição de insumos, o hospital mantém um déficit operacional mensal de R$ 2,2 milhões. A conta inclui R$ 1,7 milhão e mais R$ 500 mil, referentes à parcela para pagamento do adiantamento de receita de R$ 5 milhões feito pela Prefeitura Municipal, em março deste ano. O valor está sendo pago em 10 parcelas.
O anúncio da verba foi feito por Kalil à época, quando ele chamou a atenção para a responsabilidade do município com a maternidade. “Eu disse na minha campanha que problema dentro de Belo Horizonte é de Belo Horizonte. É claro que este hospital atende a todo o estado, mas nós não podemos deixar uma maternidade agonizar. Então, vamos adiantar um dinheiro da Secretaria de Saúde para o Sofia, o que nas palavras do próprio diretor vai retornar o hospital à normalidade por um bom tempo”, disse o prefeito Alexandre Kalil.
Os problemas no entanto, continuam. Na última terça-feira, 10, mulheres realizaram um ato em prol de uma solução para a crise financeira da maternidade. O movimento “Pelas crianças, pelo Sofia”, ocorreu na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A mobilização teve o apoio dos profissionais, residentes, usuárias, conselheiros, voluntários, amigos e comunidade. O Sofia é referência no modelo de assistência humanizada à mulher, ao recém-nascido e à família.
A Secretária Municipal de Saúde (SMSA) informou na semana passada que mantém diálogo constante com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) para solucionar a atual situação do hospital e, na ocasião, adiantou que uma nova reunião estava prevista para esta semana, entre as duas secretarias, para este fim.
"A PBH paga em dia pelos serviços prestados pelo Hospital Sofia Feldman. Este ano, ao tomar ciência das dificuldades financeiras pelas quais passa a instituição, a PBH e a SMSA realizaram um adiantamento excepcional no valor de R$ 5 milhões, para a gestão do hospital", afirma a nota.