Uma temporada severa de chikungunya se anuncia para 2018 em Minas. Depois de a dengue ter batido recordes nos últimos anos e de a zika ter se espalhado por todo o país, é a vez dessa doença também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti desafiar a saúde pública no estado. Prova disso é o expressivo aumento e a gravidade dos casos de chikungunya neste ano, que já resultaram em 10 mortes – nove em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e uma em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Esses são os primeiros óbitos provocados pela doença em Minas, onde os 17.482 casos prováveis registrados até 16 de outubro representam um salto de 3.375% em relação ao ano passado, quando foram contabilizados 503.
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No caso da dengue, o médico sustenta que é difícil prever quais serão os números do próximo período epidemiológico, pois a doença é transmitida por quatro tipos de vírus.
Já a chikungunya segue em direção oposta. Além do aumento de 3.375% no total de casos prováveis, há 12 óbitos em investigação e um cenário de pouca disseminação no estado. Em 2016, foram confirmados os primeiros casos autóctones (de contaminação no próprio território). Até 2015, todos os casos notificados haviam sido importados de outros estados ou de outro país.
ZIKA O vírus da zika também tem chamado atenção de pesquisadores no país para o atual período epidemiológico, que segue até abril. O Instituto Evandro Chagas, centro de pesquisa e atendimento ligado ao Ministério da Saúde, está desenvolvendo vacina de vírus vivo atenuado junto à Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Desenvolvida por pesquisadores brasileiros, ela pode bloquear a ação do vírus durante a gestação e proteger o feto de complicações como a microcefalia, entre outras doenças. A previsão é que os testes em humanos sejam feitos entre 2018 e 2019. Para oferta no sistema público de saúde pode ocorrer 2022, segundo o diretor do instituto.
Mapear para evitar
Enquanto não há vacina, a prevenção dentro de casa é a melhor solução.