Jornal Estado de Minas

Líder do Bando da Degola volta ao banco dos réus

O líder do Bando da Degola, Frederico Flores, responsável pelo assassinato de dois empresários em abril de 2010, no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, volta a enfrentar a Justiça nesta sexta-feira. A audiência criminal está marcada para as 13h30, no Fórum Lafayette, no Barro Preto. Condenado a 39 anos de prisão, desta vez, o julgamento ocorre em função de outro crime. Ex-delegado Regional do Trabalho, Carlos Calazans denunciou ter sido torturado e sofrido uma tentativa de extorsão por Frederico Flores.


No primeiro julgamento, em 2013, Flores foi considerado culpado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado. Ao todo, oito pessoas foram acusadas do assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39. O crime ocorreu em abril de 2010. Segundo as investigações, Frederico Flores, apontado como o líder da quadrilha, foi informado que os empresários Rayder e Fabiano estavam envolvidos em estelionato e contrabando, movimentando grande quantidade de dinheiro em várias contas bancárias. A partir daí, o bando sequestrou, extorquiu e matou os empresários com ajuda de outras sete pessoas.

Os assassinatos ocorreram em 10 e 11 de abril em um apartamento depois que os acusados fizeram saques e transferências das contadas das vítimas.
Em seguida, segundo relato do Ministério Público, eles mataram os empresários, cortando suas cabeças e dedos para dificultar a identificação, e os levaram para a região de Nova Lima, onde foram deixados parcialmente queimados. No dia seguinte, os réus se reuniram para limpar o apartamento.


Os oito envolvidos na trama foram condenados. O advogado Luís Astolfo Sales Bueno foi condenado a quatro anos de prisão, em 2015. No mesmo ano, o ex-policial militar André Luís Bartolomeu foi condenado a 39 anos de prisão e, em abril, a médica Gabriela Corrêa da Costa foi sentenciada a cumprir 46 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Ela está recorrendo em liberdade.

Em julho de 2013 foi a vez do ex-estudante Arlindo Soares, sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. A sua pena foi de 44 anos de reclusão. m setembro do mesmo ano, o pastor Sidney Eduardo Beijamin foi condenado a três anos de reclusão em regime aberto por destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha.



O primeiro a ser julgado, em dezembro de 2011, foi o ex-cabo da Polícia Militar (PM) Renato Mozer. Ele foi condenado a 59 anos de prisão pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

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